27/10/2016 10h12 - Atualizado em 27/10/2016 10h48

Dib Lutfi, diretor de fotografia do Cinema Novo, morre aos 80 anos

Fotógrafo estava internado no Rio para se tratar de pneumonia.
Ele trabalhou em 'Fome de amor' e 'Terra em transe', dentre outros.

Do G1, em São Paulo

O diretor de fotografia Dib Lutfi (Foto: Divulgação/Retiro dos Artistas)O diretor de fotografia Dib Lutfi
(Foto: Divulgação/Retiro dos Artistas)

O diretor de fotografia Dib Lutfi, que trabalhou em importantes produções do cinema brasileiro nas últimas décadas, morreu na noite quarta-feira (26), no Rio, aos 80 anos. Ele estava internado desde sábado (22) no Hospital Vitória, na Barra, para se tratar de uma pneunomia e não resistiu, informou ao G1 a administração do Retiro dos Artistas, onde Lutfi morava havia cinco anos.

De acordo com a instituição, o artista tinha Alzheimer em estágio avançado. O velório está marcado para as 10h desta sexta-feira (28) no Cemitério da Cacuia (Ilha do Governador). O sepultamento do corpo está marcado para as 11h desta sexta no mesmo local.

Irmão de Lutfi, o músico Sergio Ricardo escreveu um post Facebook para lamentar a morte: "Comunico com muito pesar o falecimento de meu irmão Dib Lutfi, considerado o grande poeta das imagens do Cinema Novo".

Perfil
Dib Lutfi nasceu em 22 de setembro de 1936, em Marília (SP). Na adolescência, mudou-se para o Rio. O perfil do fotógrafo no Filme B informa que ele começou a carreira no final dos anos 1950, como câmera na TV Rio. Seu primeiro trabalho no cinema fio "Esse mundo é meu" (1963), dirigido justamente por Sergio Ricardo.

Já como diretor de fotografia, fez "ABC do amor" (1966), de Eduardo Coutinho, "Edu, coração de ouro" (1967), "Opinião pública" (1967), de Arnaldo Jabor e "Fome de amor" (1968), de Nelson Pereira dos Santos. Com o mesmo diretor, repetiu a parceria em "Como era gostoso meu francês" (1970).

Outros cineasta premiado com quem Lutfi colaborou Cacá Diegues, em "Os herdeiros" (1970), "Quando o carnaval chegar" (1972) "Joana Francesa" (1973). Dos nomes do Cinema Novo, trabalhou ainda como operador de câmera em "Terra em transe" (1967), marco do movimento, e como diretor de fotografia em "Os deuses e os mortos" (1970), de Ruy Guerra.

O portal IMDb lista como trabalho mais recente o filme "Profana" (2011), de João Rocha. Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, foi ainda diretor de fotografia de diretores como Walter Lima Jr, Hugo Carvana, Leon Hisrzman, Silvio Tendler e Domingos Oliveira.

Dib Lutfi deixa um filho, Antônio.

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