Cinco perguntas para Felipe Nasr
por Rodrigo França*
Felipe Nasr conversou com o jornalista Rodrigo França em Suzuka, durante o fim de semana do GP do Japão, e o Voando Baixo traz este bate-papo exclusivo, confira:
VOANDO BAIXO: Felipe, você sabia desde a pré-temporada que seria um ano difícil. Mas pelo menos a temporada tem servido para você melhorar enquanto piloto de Fórmula 1?
FELIPE NASR: Tem sido um ano difícil, não só pra mim, mas para toda equipe Sauber. Quando o resultado não vem, algumas pessoas podem perder a motivação, mas eu não tenho dúvida que sou um piloto mais completo, buscando extrair o melhor de tudo isso. Neste ano, meu foco é buscar este "algo a mais" em todas as áreas e isso me faz mais forte na Fórmula 1.
Você teve a melhor estreia de um brasileiro na categoria, com o quinto lugar na Austrália. Agora, sem nenhum ponto em 2016, acredita que sua imagem segue bastante positiva no paddock da F1?
Para quem é do meio e sabe das dificuldades, eles sabem que não é apenas analisar os resultados. Infelizmente não temos como mostrar esta melhora, mas este progresso chega para outras pessoas (do paddock). Sempre tento colocar a equipe para cima, ver o lado positivo das coisas... E este trabalho será fundamental em 2017.
Falando de 2017, seu nome foi relacionado a Renault, Williams... O cenário atual parece ser a Sauber, mas você recebeu convite de outras equipes?
Sim, tivemos contatos. Tinha opções, mas no momento não temos nenhuma decisão feita ainda. É questão de esperar. O que vejo é que a Sauber está num caminho construtivo, desde a chegada dos novos investidores. É um time atrativo e espero anunciar meu futuro em breve.
Você parece bem confiante. Dá para dizer para o torcedor que Felipe Nasr estará no grid em 2017?
Tenho confiança de que isso vai acontecer e estamos trabalhando para isso.
Com a aposentadoria do Felipe Massa, você será o único brasileiro do grid na F-1. Como está encarando esta responsabilidade?
Primeiro fiquei surpreso do Felipe ter saído. Esperava que ele ficasse um ou dois anos a mais, nem deu tempo de acostumar. Ele é um cara superbacana, tenho ótimo relacionamento, desde as corridas de kart que fizemos juntos, depois na Williams. Espero poder ter a oportunidade de representar o Brasil da melhor maneira possível e fazer minha história na F1. Tive dois extremos: um ano pontuando bastante e neste com a equipe passando por dificuldades financeiras...
* Rodrigo França, jornalista especializado em automobilismo desde 1997 e autor do livro "Ayrton Senna e a Mídia Esportiva", fez sua sexta cobertura das 24 Horas de Le Mans em 2016 e esteve em Interlagos 2008 também pelo Voando Baixo e pelo GloboEsporte.com