Peron na Arquibancada

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por Humberto Luiz Peron

Goleiro João Ricardo tem contrato com o América-MG até o fim de 2018A maioria dos comentários dos torcedores são-paulinos, após a derrota do time para o América-MG, dizia que a atuação dos goleiros definiu o resultado da partida.

 

De um lado, João Ricardo, o arqueiro do time mineiro - uma dos raros destaques de uma equipe que sempre frequentou a zona de rebaixamento - era citado por suas defesas que evitaram o empate do São Paulo. Do outro estava Denis, que acabou falhando no gol que decretou a derrota do São Paulo e era severamente criticado pelos torcedores.

 

Vai ser sempre assim, principalmente quando o nosso time perde. O goleiro do adversário se transforma no melhor arqueiro do planeta, mesmo ele sendo o mais vazado da competição e de tomar um frango por rodada.

 

Justamente no jogo contra o nosso time, ele não vai errar uma saída de gol, também não vai dar nenhum rebote e terá as traves como suas aliadas. No único lance em que ele não teria chances de fazer a defesa, a bola vai se chocar com um dos postes e voltará mansamente para suas mãos.

 

Isso sem dizer, que além de fechar o gol, ele não vai errar nenhuma reposição de bola e ainda vai contar com a colaboração do árbitro, que nada irá fazer quando ele demorar para bater um tiro de meta ou impedimento - o juiz vai dar um cartão amarelo aos 44 minutos do segundo tempo e ainda vai ajudar o inimigo a ganhar mais tempo.

 

Também não existe guardião que falha mais do que o do nosso clube. Ele pode ser elogiado por todos, mas não há no campeonato ninguém na posição que cometa mais erros do que ele.

 

É incrível como, na hora em que o time mais precisa da sua intervenção, nosso goleiro acaba cometendo uma falha. E é difícil alguém levar mais gols nas cobranças de faltas do que ele. Aí, quando o adversário vai chutar, só nos resta torcer para que o atacante não acerte o alvo, pois, se a bola tiver a direção do gol, já era.

 

Também não é preciso lembrar os muitos sustos que ele dá nas saídas de gol, nos inúmeros rebotes - ele não consegue segurar uma bola firme -, isso sem dizer nos inúmeros pênaltis que ele comete por ser afoito ao enfrentar os jogadores adversários na área. Lógico que ele não defende uma penalidade - na única vez que conseguiu acabou cedendo o rebote e o atacante adversário fez.

 

No futebol, o fanatismo faz as pessoas exagerarem - para o bem e também para mal -, ainda mais quando o assunto é goleiro.

 

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Humberto Luiz Peron

48 anos, jornalista

Seria analfabeto se não fosse o futebol. O que sei de matemática, história, geografia, português, foi graças aos 22 em campo. Jornalista desde 1995, já fui colunista do Lance! e da Folha Online. Sou editor executivo da Revista MONET (ed. Globo).

SOBRE A PÁGINA
O futebol de hoje, pitadas de história e os goleiros, sempre esperando a participação de vocês. Pois na arquibancada nunca se está sozinho.