Economia

Meirelles nega socorro financeiro ao Rio de Janeiro

Apesar de negar recebimento de pedido, ele afirma que não há espaço para ajuda
Henrique Meirelles, ministro da Fazenda Foto: ANDRE COELHO / Agência O Globo
Henrique Meirelles, ministro da Fazenda Foto: ANDRE COELHO / Agência O Globo

WASHINGTON - Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, afirmou nesta sexta-feira em Washington, onde participa das reuniões do FMI e do Banco Mundial, que o governo não tem espaço para socorrer o Rio e nenhum outro estado. Ele afirmou que o governo não recebeu nenhum pedido de ajuda do governo e nem viu nenhuma proposta de socorro de R$ 14 bilhões, como chegou a ser noticiado.

— Portanto é importante que nós possamos fazer aquilo que está de acordo com as metas fixadas e não espaço para ajuda desta dimensão para os estados, particularmente para um estado específico que evidentemente é o caso de diversos outros estados. Existem situações muito difíceis e que também precisam, e aí nós entraríamos de novo nesta rota — disse.

Ele afirmou que já recebeu pedidos de ajudas de governadores do Nordeste, Norte e Centro-Oeste, mas que o que o governo pode fazer é colocar a economia nos trilhos para a arrecadação voltar a crescer, além de dividir parte da receita extraordinária que virá com a repatriação de capitais do exterior:

— O importante para os estados, em primeiro lugar é que na repatriação de capital que está ocorrendo, nós teremos uma parcela disso que vai para os estados, e isso vai ajudar bastante a situação dos estados. Então, é questão de aguardar mais algumas semanas e vermos exatamente — sustentou o ministro.

GOVERNO DO RIO NEGA PEDIDO

Francisco Dornelles, governador em exercício do Rio de Janeiro, negou que o estado tenha solicitado intervenção e ajuda financeira do governo, segundo informou a assessoria de imprensa estadual.

“O estado recebe de bom grado qualquer tipo de ajuda do governo federal, mas não pedimos os R$ 14 bilhões e muito menos a intervenção”, diz a nota, atribuindo as declarações ao governador em exercício.

No comunicado, Dornelles diz que o Rio vem adotando medidas de ajuste desde o início do ano passado.