France Presse

21/10/2016 19h21 - Atualizado em 21/10/2016 19h25

Mulher-Maravilha vira embaixadora da ONU para promover direitos femininos

Cerimônia recebeu críticas de feministas e membros da própria ONU.
Atrizes Gal Gadot e Lynda Carter compareceram a evento em Nova York.

Da France Presse

Gal Gadot, que intepreta a Mulher Maravilha nos cinemas, e a atriz Lynda Carter, que fez a personagem em sua versão para a TV, posam juntas durante cerimônia na sede da ONU, em Nova York (Foto: REUTERS/Carlo Allegri)Gal Gadot (à direita), que intepreta a Mulher-Maravilha nos cinemas, e a atriz Lynda Carter (à esquerda), que fez a personagem em sua versão para a TV, posam juntas durante cerimônia na sede da ONU, em Nova York (Foto: REUTERS/Carlo Allegri)

A Mulher-Maravilha, personagem famosa dos quadrinhos da editora DC, foi nomeada nesta sexta-feira (21) embaixadora da ONU para promover os direitos das mulheres. A cerimônia aconteceu em meio a críticas de organizações feministas e de membros da própria ONU.

De acordo com a organização, a Mulher-Maravilha foi escolhida por ser "símbolo da paz, justiça e igualdade". Agora, a personagem irá colocar seus super-poderes a serviço da campanha anual da ONU para promover a emancipação de meninas e mulheres.

A cerimônia aconteceu na sede da ONU em Nova York (EUA) e contou com a presença das atrizes Lynda Carter, que encarnou a Mulher-Maravilha na série de TV da década de 1970, e Gal Gadot, que interpreta a super-heroína no filme "Batman vs. Superman: A origem da justiça" e na produção solo da personagem que estreia em 2017.

Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, não compareceu ao evento.

Grupo protesta contra nomeação da Mulher-Maravilha como embaixadora da ONU para promover os direitos femininos (Foto: REUTERS/Carlo Allegri)Grupo protesta contra nomeação da Mulher-Maravilha como embaixadora da ONU para promover os direitos femininos (Foto: REUTERS/Carlo Allegri)

Protestos
Durante a cerimônia, uma dezena de manifestantes, de ambos os sexos, deram as costas e alguns ergueram o punho. Shazia Rafi, dirigente do movimento She4SG, que luta pela nomeação de uma mulher para o cargo de secretária-geral da ONU, considerou "ridícula" a escolha de uma personagem de ficção. "Há tantas mulheres muito reais que poderiam ter sido eleitas".

Um grupo de 350 funcionários da ONU também firmou uma petição para que Ban Ki-moon desista do projeto.

Um portal da internet criado por manifestantes diz que a Mulher-Maravilha é "a encarnação da garota do calendário – branca, de seios generosos e medidas improváveis – e ainda se veste com a bandeira dos Estados Unidos".

O lançamento da campanha da ONU coincide com o 75º aniversário da primeira aparição da Mulher-Maravilha nos quadrinhos, durante a Segunda Guerra mundial, e com o filme da Warner Bros. que está em produção.

Shopping
    busca de produtoscompare preços de