26/10/2016 13h03 - Atualizado em 26/10/2016 13h17

Desemprego na Grande SP sobe em setembro, diz Dieese

Taxa passou de 17,2% em agosto para 17,5% em setembro.
Desempregados são 1,926 milhão, 12 mil a menos que no mês anterior.

Marta CavalliniDo G1, em São Paulo

O desemprego subiu na região metropolitana de São Paulo - a taxa passou de 17,2% em agosto para 17,5% em setembro, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O contingente de desempregados foi estimado em 1,926 milhão de pessoas em setembro, 12 mil a mais do que no mês anterior. Em setembro do ano passado, a taxa foi de 14,2%.

 

De acordo com o Dieese, o resultado decorre da retração do nível de ocupação (eliminação de 131 mil postos de trabalho, ou -1,4%), em número superior à redução da população economicamente ativa (119 mil pessoas saíram do mercado de trabalho da região, ou -1,1%).

A taxa de participação, que expressa a proporção de pessoas de 10 anos e mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas, reduziu-se de 62,5% em agosto para 61,8% em setembro.

Em relação a setembro de 2015, o contingente de desempregados aumentou em 345 mil pessoas, devido à retração do nível de ocupação (eliminação de 469 mil postos de trabalho, ou -4,9%), em número superior ao decréscimo da força de trabalho da região (saída de 124 mil pessoas do mercado de trabalho, ou -1,1%).

Nível de ocupação
Em setembro, o nível de ocupação caiu 1,4%, e o contingente de ocupados foi estimado em 9,081 milhão de pessoas. Segundo o Dieese, esse resultado decorreu das reduções na indústria de transformação (-2,7%, ou eliminação de 37 mil postos de trabalho), no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,6%, ou -41 mil) e nos serviços (-1,4%, ou -79 mil). Por outro lado, aumentou o nível ocupacional na construção (3,1%, ou geração de 18 mil postos de trabalho).

Assalariados
Segundo o levantamento, o número de assalariados caiu 2,4% em relação a agosto. No setor privado, houve queda entre os com e sem carteira de trabalho assinada (-1,2% e -7,4%, respectivamente). Aumentou o contingente de autônomos (1%) e ficou estável o de empregados domésticos (0,2%).

Rendimentos
O estudo mostrou também que houve queda, na passagem de agosto para setembro, nos rendimentos médios reais dos ocupados, de 2,2%, e de 1,8% entre os assalariados, que passaram a equivaler, respectivamente, a R$ 1.948 e R$ 2.018.

Por sexo e idade
Na distribuição dos desempregados por sexo, em setembro, a porcentagem era de 49,6% entre os homens e 50,4% entre as mulheres. Em agosto, era de 50,4% e 49,6%, respectivamente – aumento entre os homens e queda entre as mulheres.

Em relação à idade, na distribuição entre as faixas etárias, os desempregados com idades entre 16 e 24 anos e entre 25 e 39 anos eram na proporção de 39,7% e 36,4% em agosto, e em setembro passaram para 40,1% e 35%, respectivamente. Já dos 40 a 49 anos subiu de 11,9% para 12,2%. E dos 50 aos 59 anos subiu de 7% para 7,6%.

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