O Palmeiras precisa vencer ou empatar com a Chapecoense na partida que se inicia às 17 horas, em São Paulo. Os candidatos que ficarem até o horário final no local de prova, às 18h, sairão ansiosos para saber o resultado parcial da partida, que termina às 19h.

Gustavo Goto, de 19 anos, quer uma vaga em ciência do esporte, na Universidade de São Paulo (USP). "Meu pensamento mesmo está no Allianz", diz, em referência ao estádio do Palmeiras. "Já perdi o último jogo, contra o Botafogo, porque estava no vestibular da Unicamp", lamenta. Seu pai, Marcos, torcedor do mesmo time, vai ouvir a partida pelo rádio e promete correr em frente à Cidade Universitária da USP a cada gol que o Palmeiras fizer. "Estou aqui com meu filho, esperando os três pontos do meu time", ri.

Outro candidato com a camiseta alviverde é Caio Nascimento, de 17 anos. Ele conta que está com o uniforme da sorte, para conseguir a vaga em engenharia e o título no Brasileirão. "Admito que estou mais nervoso com o jogo do que com a prova", brinca.

A palmeirense Laura Dall'ovo, de 17 anos, está nervosa para fazer a prova e diz que só pensará no jogo quando terminar o vestibular. Mas sua irmã, que a acompanhou ao local da Fuvest, afirma que está concentrada no campeonato. "Não vou esperar minha irmã, quero ver o jogo inteiro", diz.

A FEA-USP não foi o único local de prova da Fuvest em que candidatos palmeirenses apareceram uniformizados para a primeira fase. Entre os mais de 3 mil candidatos que se reuniram para prestar o vestibular em Sorocaba (SP), muitas camisetas verde e branca se destacavam na multidão. Um dos torcedores aflitos é Gabriel Viana, de 20 anos. Ele a namorada, Samara, saíram de Itu (SP) para prestar medicina.

Está é a segunda vez que o jovem tenta passar na Santa Casa, mas admite que, além da expectativa da prova, também espera o título do campeonato brasileiro do time. "Hoje vai ser uma dupla felicidade: passar na USP e ver o Palmeiras campeão", diz Gabriel. Apesar da ansiedade, Gabriel admite que não vai dar tempo de ver a partida decisva. "Vou ficar com o coração apertado, mas a USP vem na frente." Além da torcida pelo time do coração, ele também diz que não vê a namorada - que é são paulina, como concorrente. "É só amor, vou torcer pra ela passar junto comigo".

A mesma expectativa é sentida pelo grupo de Salto (SP). Os estudantes palmeirenses também vestiram as camisetas e torcem para comemorar a vitória do time na saída da prova. "A bandeira já está no carro, mas vamos ver se dá tempo de gritar é campeão. Hoje, o dia promete ser feliz: passar na USP e ganhar o brasileiro", comenta Guilherme Codu.

O estudante Samuel Bordini, de 19 anos, faz a prova na Unip, em Campinas (SP), e tenta pela terceira vez uma vaga no curso de ciência da computação. Depois de estudar muito durante o ano para não ficar mais uma vez "na fila", o jovem vai dividir as emoções entre a chance no vestibular e a expectivativa do título palmeirense. Apesar de preparado, ele confia mais no segundo. "Acho que vai ser mais fácil eu ser campeão do que passar na USP", brincou.

Já Vitor Damásio, de 22 anos, sonha em fazer medicina e também tenta uma vaga na instituição pela terceira vez. Morador de Vinhedo (SP), ele fez cursinho durante o ano e também estudou m casa para chegar a este domingo preparado para ingressar na USP e iniciar a caminhada para se tornar médico. Ele só não imaginava que seria o dia mais importante do ano também para o time de coração. "Vai ser um pouco da cabeça aqui e depois um pouco da cabeça lá. Espero fazer 80 aqui [nota de corte para conseguir uma vaga na segunda fase do vestibular da Fuvest para medicina] e 74 lá [número de pontos necessários para que o Palmeiras se sagre campeão brasileiro neste domingo]", afirmou o estudante.