10/11/2016 16h29 - Atualizado em 10/11/2016 16h43

Professores da UFPE decretam greve em protesto à PEC do teto dos gastos

Na votação em assembleia, 367 foram a favor, 347 contra e 5 se abstiveram.
Prédios da universidade estão ocupados por estudantes desde outubro.

Do G1 PE

Assembleia dos professores da UFPE aconteceu no campus Recife, nesta quinta-feira (10) (Foto: Assessoria/Adufepe)Assembleia dos professores da UFPE aconteceu no campus Recife, nesta quinta-feira (10) (Foto: Assessoria da Adufepe/Divulgação)

Os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decretaram greve por tempo indeterminado em assembleia realizada no campus Recife da universidade, nesta quinta-feira (10). O movimento é contrário à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto dos gastos públicos da União — aprovada na Câmara dos Deputados como PEC 241 e que seguiu para o Senado como PEC 55. Medidas provisórias que propõem a reforma do ensino médio também fazem parte dos motivos da paralisação das atividades dos docentes.

A votação contou com 367 a favor da greve, 347 contra e 5 abstenções. "A PEC do teto dos gastos públicos é apenas a ponta do iceberg, porque existem vários projetos de lei que estão tirando os direitos do trabalhador", pontua o presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), Augusto Barreto.

Ainda de acordo com o presidente da associação, professores e estudantes devem acompanhar a votação da PEC do teto dos gastos públicos. Ao longo da greve, a categoria também deve seguir um cronograma de mobilização e realizar assembleias semanais.

Antes de a greve ser decretada, estudantes da instituição de ensino ocuparam alguns dos prédios do campus para demonstrar contrariedade à PEC 241. Os centros de Artes e Comunicação (CAC), o de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), de Educação (CE), de Biociência (CB) e o Núcleo Integrado de Atividades de Ensino (Niate) são alguns dos prédios ocupados na instituição de ensino.

Greve na UPE
Os professores da Universidade de Pernambuco (UPE) também decretaram greve por tempo indeterminado desde o dia 28 de outubro. A categoria tomou a decisão após assembleia e, além de ser contrária à PEC do teto dos gastos, solicita um reajuste salarial de 24,38% e que a dedicação exclusiva deixe de ser paga como gratificação.

 

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