25/10/2016 11h22 - Atualizado em 25/10/2016 14h23

Reduzir prazo de vigência tornaria teto de gastos 'inócuo', diz Meirelles

Ministro da Fazenda defendeu prazo de 20 anos estipulado pela PEC 241.
Meirelles falou em vídeo gravado pelo governo para defender a proposta.

Luciana AmaralDo G1, em Brasília

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou em vídeo divulgado no site do Palácio do Planalto que encurtar o prazo para a vigência do teto de gastos tornaria a medida "inócua" (veja o vídeo acima).  O ministro defendeu os 20 anos estipulados pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê um limite para a despesa pública.

O texto estabelece que os gastos da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior ao longo de 20 anos. A partir do décimo ano, o presidente da República poderá propor uma nova base de cálculo ao Congresso.

 

Alguns críticos da proposta consideram o prazo longo demais e defendem encurtá-lo. Para o ministro da Fazenda, no entanto, mexer na duração de 20 anos pode ter o efeito de o país fazer um esforço para depois "morrer na praia".

A PEC 241 já foi aprovada em primeiro turno na Câmara. Nesta terça (25), os deputados devem analisar o texto em segundo turno. Depois, o Senado deve aprovar o teto para que vire lei.

“Se fizéssemos um prazo muito curto, digamos metade desse, por exemplo, no momento em que a dívida começa a se estabilizar para cair, já estaria terminado o prazo de vigência da PEC. Portanto o efeito disso na economia seria inócuo. Nós faríamos um esforço grande para morrer na praia”, disse Meirelles.

De acordo com Meirelles, a aprovação da PEC com o texto atual, defendido pelo governo, será uma mensagem da "maior importância" para consumidores, investidores, empresários e todo o mundo de que o Brasil está "levando a questão fiscal a sério e engajado nas reformas fundamentais para voltar a crescer".

Na avaliação do ministro, os índices de confiança na economia brasileira aumentaram com a PEC. Segundo ele, isso se refletiu, por exemplo, na valorização do real. "Além do mais, outros índices do mercado refletem isso. E, mais importante do que tudo, não é cotação. É que estão entrando recursos, porque as empresas começam a desengavetar projetos de investimento que estavam lá parados", disse Meirelles.

 

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