Novo treinador do ASA, Maurílio Silva ainda busca espaço na carreira. Treinou clubes de menor porte do Nordeste e tem como maior feito ter colocado o Uniclinic na final do Cearense deste ano, desbancando o tradicional Ceará. Em campo, o ex-atacante tem muita história para contar. Ele fez parte de um período glorioso do Palmeiras, entre 1992 e 1995, quando dividia espaço com Roberto Carlos, Evair e Edmundo. Nesse tempo, tinha o cabelo grande, ouvia atentamente as orientações de Vanderlei Luxemburgo e compôs o elenco que conquistou os brasileiros de 1993 e 1994.
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- Não tinha panelinha, mas tinha muita vaidade. Um pouco normal, porque quando o jogador vai conquistando espaço na carreira vai ficando mais exigente, e o Palmeiras era um supertime, com vários atletas assim. Costumo dizer que fora de campo ninguém precisa ser amigo, que cada um vá para a sua casa. Porém, no jogo todos se respeitavam e agiam como um elenco. No entanto, não nego que era um barril de pólvora. Se mexesse, era briga, era pau - contou Maurílio, num especial do GloboEsporte.com publicado em 2012.
O brasiliense, de 46 anos, jogou ainda por Grêmio, Ponte Preta e Juventude, e deu muito trabalho aos adversários quando defendeu o Paraná.
- Fiz 70 gols por lá. Toda vez em que estava no Paraná, disputava artilharia ou conseguia uma boa transferência por causa das minhas atuações. Foi por isso que consegui jogar no Palmeiras, no Logroñes (Espanha) e no Al Ittihad (Arábia Saudita). Ando por Curitiba e as pessoas me reconhecem.
No Juventude, o atacante foi um dos destaques na campanha do título da Copa do Brasil de 1999. Estava no auge. Na final, o time gaúcho eliminou o Botafogo no Maracanã lotado.
- Eles falavam que o Juventude não ia suportar a pressão no Maracanã. O time do Botafogo foi muito sério com a gente, as previsões vinham da imprensa e da torcida. Só que aconteceu o contrário, já que tivemos chances de matar a partida. Eu, por exemplo, poderia ter marcado, se o Márcio Mixirica tivesse passado a bola para mim quando eu estava livre para finalizar. Nunca joguei em clube do Rio de Janeiro, mas bato no peito para dizer que já levantei troféu no templo sagrado que é o Maracanã - lembrou Maurílio.
Cléverson Maurílio Silva encerrou a carreira em 2009, no Uniclinic, e iniciou o trabalho como treinador no ano seguinte, no Maranguape-CE. Nesta semana, ele vai se reunir com a diretoria do ASA para traçar planos para 2017. O objetivo é iniciar a pré-temporada no dia 1º de dezembro.
Times treinados por Maurílio
2010 -Maranguape
2010 - Ferroviário
2011 - Boa Viagem-CE
2012 - Crateús
2012 - Vitória-PE
2013 - Alecrim
2013 - Vitória-PE
2014 - Guarani de Juazeiro
2014 - Tiradentes-CE
2014 - Guarani de Sobral
2014 - América do Recife
2015- Uniclinic-CE
2015 - Icasa
2016- Uniclinic