Agencia EFE

04/11/2016 05h45 - Atualizado em 04/11/2016 10h19

Ataque com carro-bomba deixa 8 mortos e 100 feridos na Turquia

Autoridades acusaram guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão.
Explosão ocorreu após prisão de líderes curdos.

Do G1, em São Paulo

People watch the damage after an explosion in southeastern Turkish city of Diyarbakir, early Friday, Nov. 4, 2016. A large explosion hit the largest city in Turkey's mainly Kurdish southeast region on Friday, wounding several people, the state-run Anadolu (Foto: IHA via AP)Escombros após explosão de carro-bomba na cidade turca de Diarbaquir que deixou 1 morto e 30 feridos (Foto: IHA via AP)

A explosão de um carro-bomba deixou oito mortos e mais de 100 feridos nesta sexta-feira (4), em Diarbaquir, a capital das zonas curdas da Turquia. As autoridades atribuíram o ataque à guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

A ação aconteceu horas depois que as autoridades detiveram ao menos 12 parlamentares em um inquérito sobre terrorismo, de acordo com a Associated Press (AP).  

Entre os detidos estão Selahattin Demirtas e Figen Yüksekdag, que dirigem juntos o Partido Democrático dos Povos (HDP). As prisões fazem parte dos expurgos lançados pelo governo desde o golpe de Estado frustrado de julho e que atinge em cheio os setores pró-curdos.

Explosão
A explosão aconteceu cerca de 200 metros de uma prisão e de uma delegacia de polícia e afetou vários carros e casas em uma área de um quilômetro quadrado, segundo o gabinete do governador de Diarbaquir, informou a agência Efe.

O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, afirmou que entre os mortos estão policiais e civis. Entre os feridos, sete permaneceram internados, segundo a AP.

A detenção dos líderes curdos aumenta preocupações entre aliados do Ocidente sobre uma repressão mais profunda contra dissidentes do presidente Tayyip Erdogan, segundo a Reuters.

As prisões, que gerou condenação imediata da União Europeia. A chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, disse em publicação no Twitter que está "extremamente preocupada" com as prisões e disse ter convocado encontro com embaixadores da UE em Ancara. Berlim anunciou, por sua vez, que convocou o encarregado de negócios turco, segundo a France Presse.

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