31/10/2016 11h29 - Atualizado em 31/10/2016 11h35

Neucimar perde para abstenções, nulos e brancos em Vila Velha

Soma de nulos, brancos e abstenções chega a 113.134 votos.
Neucimar Fraga recebeu 83.622 votos; Max Filho, 119.872.

Viviane MachadoDo G1 ES

Neucimar Fraga do PSD disputou a Prefeitura de Vila Velha (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)Neucimar Fraga do PSD disputou a Prefeitura de Vila Velha (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

O segundo turno das eleições para prefeito de Vila Velha, no Espírito Santo, foi marcado pela quantidade expressiva de votos nulos, brancos e abstenções. No município, a soma desses votos foi maior que o recebido pelo segundo colocado, Neucimar Fraga (PSD).

Em Vila Velha, 113.134 eleitores decidiram votar nulo, branco ou  não compareceram às urnas, o que corresponde a 35,73% do eleitorado.

O segundo colocado, Neucimar Fraga (PSD), recebeu 83.622 (26,41%); e Max Filho (PSDB), 119.872 votos (37,85%).

Nos outros municípios onde aconteceram o segundo turno, abstenções, nulos e brancos também foram expressivos.

Em 2012, Vila Velha também teve segundo turno. Na ocasião, Rodney Miranda (DEM) enfrentava Neucimar Fraga, que na época era do PR. Comparando o percentual de votos brancos, nulos e abstenções, o número de eleitores que não escolheu nenhum candidato cresceu.

No segundo turno de 2012, Rodney recebeu 121.945 votos, enquanto Neucimar foi a preferência de 97.277 eleitores. Votaram em branco 6.594 pessoas; nulo 8.821; e não compareceram às urnas, 58.311. A soma desses eleitores que não votaram em ninguém foi de 73.726, o que correspondeu a 25,16% dos eleitorado.

Abstenções, nulos e brancos
Confira os resultados na Grande Vitória
 
Fonte: TSE

Vitória
Em Vitória, Luciano Rezende (PPS) venceu com 95.458 votos. Já Amaro Neto (SD) recebeu 91.034 votos. Os eleitores que votaram em branco somaram 4.889; nulos, 10.497; e 30.944 não compareceram às urnas. A soma desses eleitores que não votaram em nenhum candidato é 46.330, o que corresponde a 19,89% do eleitorado.

O município em 2012 também teve a eleição decidida no segundo turno. Na ocasião, Luciano Rezende (PPS) disputava o pleito com Luiz Paulo (PSDB). Luciano tinha recebido 98.937 votos. Já Luiz Paulo, recebeu 88.687.

Em 2012, os votos nulos, brancos e abstenções somaram 67.743 eleitores, o que correspondia a 26,52% do eleitorado, percentual superior ao registrado em 2016.

Serra
Na Serra, Audifax Barcelos (PSB) venceu com 112.344 votos. Já Sérgio Vidigal (PDT) recebeu 107.050 votos. Os eleitores que votaram em branco somaram 7.232; nulos, 12.265; e 69.284 não compareceram às urnas. A soma desses eleitores que não votaram em nenhum candidato é 88.781, o que corresponde a 28,8% do eleitorado.

Em 2012, a eleição da Serra foi decidida logo no primeiro turno. Audifax venceu Vidigal e outros três candidatos com 131.245 votos.

Cariacica
Em Cariacica, Juninho (PPS) venceu com 91.631 votos. Marcelo Santos (PMDB) recebeu 82.856 votos. Os eleitores que votaram em branco somaram 9.539; nulos, 15.206; e 56.206 não compareceram às urnas. A soma desses eleitores que não votaram em nenhum candidato é 80.951, o que corresponde a 31,69% do eleitorado.

No ano de 2012, Juninho e Marcelo Santos disputaram juntos o segundo turno. Juninho saiu vitorioso com 153.241 votos, enquanto Marcelo recebeu 26.131.

Na ocaisão os votos nulos, brancos e abstenções somaram 65.495 eleitores, o que correspondia a 26,74% do eleitorado, percentual menor que o registrado em 2016.

O aposentado João Cabral, de 93 anos, contou que não deixa de votar (Foto: Palloma Spala/Curso de Residência da Rede Gazeta)Aposentado de 93 anos contou que não deixa de votar (Foto: Palloma Spala/Curso de Residência)

Abstenções, votos nulos e brancos não anulam eleição
Segundo a legislação eleitoral, mesmo que o número de eleitores que não compareceram às urnas seja expressivo no dia da votação, isso não vai provocar uma nova eleição por falta de quórum.

Votos nulos e brancos não são computados como votos válidos. Uma eleição só pode ser anulada se mais de 50% dos votos, nas eleições majoritárias (prefeito, governador e presidente), forem anulados por decisão da Justiça.

Isso acontece, por exemplo, quando o candidato que teve mais de 50% dos votos válidos é cassado por crime eleitoral. Nesse caso, a Justiça Eleitoral vai ter que convocar novas eleições.

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