• Bruno Vaiano*
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 (Foto: Mike Baird/Wikimedia Commons)

(Foto: Mike Baird/Wikimedia Commons) Aparentemente este dono abusou na quantidade de elogios.

Uma máquina de ressonância magnética e 15 cachorros. Foi tudo que um grupo de pesquisadores da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, precisou para organizar um verdadeiro ranking de preferências caninas.  O artigo, que ainda não passou por revisão paritária, está disponível no banco virtual bioRxiv do Cold Spring Harbor Laboratory. 

Notícias de maus-tratos à parte, a rotina da maior parte dos cachorros é uma escolha entre sombra e água fresca. Na pesquisa, os cientistas acompanharam a atividade cerebral dos animais durante a recepção de dois estímulos específicos bastante agradáveis: comida e elogios.

Ninguém, claro, fez a maldade de colocar um pote de ração na frente do bichinho enquanto ele estava preso na máquina. O método, nesses casos, é mais sutil.

Primeiro, fora da máquina, os pesquisadores apresentam um objeto aleatório ao cão antes de fornecer o estímulo que será estudado. Mostram, por exemplo, um carrinho antes de elogiá-lo ou uma casinha antes de dar a ele um biscoito. Dessa maneira, o animal ficará na expectativa de ser elogiado ou alimentado toda vez que ver o respectivo objeto.

Já no interior da máquina, os pesquisadores exibem os objetos e analisam qual deles deixa os cachorros mais ansiosos: o que está associado à comida ou o que está associado aos elogios. Resultado? Treze dos 15 cachorros ficaram mais animados com a possibilidade de receber um elogio.

Mas há um porém nessa disputa de agrados caninos: uma pesquisa anterior, feita pela mesma equipe, já havia revelado que eles gostam mais de receber carinho físico do que verbal, o que coloca um bom e velho cafuné no topo do pódio, e a comida com a medalha de bronze. Agora, resta descobrir se correr atrás do próprio rabo tira a medalha de algum dos concorrentes ou fica com o quarto lugar.