15/11/2016 07h01 - Atualizado em 15/11/2016 07h44

Deslizamento de rochas por conta da chuva deixa soterrados em Petrópolis

Duas pessoas estão desaparecidas, segundo a Defesa Civil.
Cidade do RJ é castigada pela chuva desde sábado (12).

Bruno Rodrigues e Fernanda SoaresDo G1 Região Serrana

Deslizamento de rochas em Petrópolis (Foto: Bruno Rodrigues/G1)Duas pessoas estão soterradas (Foto: Bruno Rodrigues/G1)

Um deslizamento de solo e rochas deixou duas pessoas desaparecidas na noite desta segunda-feira (14) no bairro Quitandinha, em Petrópolis, Região Serrana do Rio. Três casas foram totalmente destruídas. A cidade é castigada por fortes chuvas desde o sábado (12) e na manhã desta terça ainda é possível escutar o barulho de pedras rolando, o que coloca em risco e dificulta o trabalho das equipes de salvamento do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.

O secretário de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel Rafael Simão, afirma que os blocos de rocha tem entre 100 a 150 toneladas. Todos os imóveis da região próximo à Rua Uruguai foram interditados, mas ainda não há a informação precisa da Defesa Civil de quantos são. A rua está interditada e toda a área foi isolada pela Defesa Civil.

Um homem de 52 anos foi resgatado na noite de segunda. Ele é marido de uma mulher que está desaparecida. Segundo Antônio Marcos, que é irmão do homem resgatado, o casal estava vendo TV quando escutou um barulho semelhante ao de um avião e de repente tudo sumiu. O homem chegou a ficar soterrado, mas conseguiu se livrar da lama. Ele está internado no Hospital Santa Teresa.

Deslizamento de rochas em Petrópolis (Foto: Bruno Rodrigues/G1)Imóvel foi destruído pelas rochas que desceram da rua de cima (Foto: Bruno Rodrigues/G1)

Ruth Cruz também é moradora do bairro Quitandinha e afirma que por volta das 22h ouviu um barulho muito forte, que foi aumentando. Ela e o marido estão na casa de vizinhos com medo da própria casa ser afetada.

A Defesa Civil pede que as pessoas não se dirijam à região e lembra que a presença de curiosos atrapalha o trabalho das equipes. Apesar do apelo, uma grande quantidade de pessoas se aglomerou no local na noite do deslizamento.

Segundo a Prefeitura, a Igreja Santíssima Trindade e o posto de saúde que funciona no prédio anexo à igreja já estão abertos, servindo como ponto de apoio. O Centro de Educação Infantil Chiquinha Rola também foi aberto como opção aos moradores da região.

Deslizamento de rochas em Petrópolis (Foto: Bruno Rodrigues/G1)Segundo a Defesa Civil, pelo menos quatro casas foram afetadas pelo deslizamento (Foto: Bruno Rodrigues/G1)

Outras cidades afetadas
Em Teresópolis, a Defesa Civil registrou, desde a noite de sábado (12), 37 ocorrências, das quais 19 são relacionadas a deslizamento de terra. O órgão está em estágio de atenção. O bairro mais atingido foi o Vale da Revolta. Quatro casas foram atingidas por um deslizamento e parte dos imóveis caíram. Duas casas foram atingidas por árvores na madrugada e manhã de segunda (14). De acordo com o Corpo de Bombeiros, não houve feridos. Em três dias choveu o esperado para todo o mês de novembro, segundo dados do Inmet.

Em Nova Friburgo, sete deslizamentos de terra foram registrados desde a noite de sábado (12), segundo dados da Defesa Civil. Sessenta casas invadidas pela água foram vistoriadas pelo órgão, mas nenhuma teve a estrutura danificada. As localidades mais atingidas pelo volume de chuva foram Mury, Theodoro e Macaé de Cima. Não há registro de pessoas feridas, desalojadas ou desabrigadas.

Na BR-101 (Rio-Santos), altura de Mangaratiba, Região da Costa Verde do estado, a Polícia Rodoviária Federal liberou o trecho que ficou parcialmente interditado pela queda de uma barreira entre Conceição de Jacareí e o condomínio Portogalo, na altura do Km 447. No local, um casa também desabou na noite de sábado (12), na Praia do Apara. De acordo com a Defesa Civil do município, não houve feridos e a casa foi interditada. O temporal também causou alagamentos e um deslizamento de encosta no bairro Guity com queda de árvore.