Bruno Gagliasso vai à polícia prestar queixa após ataques racistas à filha, Titi
O ator Bruno Gagliasso esteve nesta quarta-feira na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio, para prestar queixa contra os comentários racistas direcionados à filha adotiva, Titi, de 2 anos. A menina foi atacada com mensagens preconceituosas no Instagram da mãe, na semana passada, por um usuário cujo perfil já foi excluído.
Bruno chegou à delegacia por volta das 10h20 desta quarta-feira, acompanhado de advogados e foi ouvido pela delegada Daniela Terra. Ao chegar ao local, o ator não falou com a imprensa.
'Eles vão pagar pelo que fizeram'
Após ser ouvido pela delegada, Bruno conversou com os jornalistas e declarou que espera que os autores dos ataques sejam punidos.
"Racismo se combate com amor e Justiça. E é por isso que eu estou aqui, para ir atrás de quem fez. Eu tenho cem por cento de certeza que a polícia vai achar, e que eles vão pagar pelo que fizeram", declarou, completando: "Esse não foi o primeiro, mas espero que seja o último. Quem fez isso vai ter que pagar. Isso é muito sério, isso é crime. Quem fez tem que pagar. Os responsáveis têm que ser punidos".
O ator disse ainda que espera que sua denúncia sirva de exemplo para todos.
"É uma situação chata. Como ser humano e pai, eu fico muito triste. É por isso que eu estou aqui cobrando justiça, para que as pessoas possam aprender. Que isso sirva de exemplo para o mundo. Se eu posso fazer alguma coisa, eu vou fazer. O mais importante é que achem e prendam, se tiver que prender. Minha filha ainda não entende o que aconteceu, é muito pequena ainda, mas mais tarde ela vai entender, e é por isso que eu estou aqui".
Polícia investiga dois perfis suspeitos
A delegada Daniela Terra também falou com os jornalistas e disse que a polícia está investigando dois perfis suspeitos como sendo os autores dos ataques. Ela informou ainda que o caso foi registrado como injúria e racismo.
"Esses criminosos serão identificados, eles se utilizam da internet como subterfúgios, acreditando que estão passando despercebidos por estarem fazendo uso das redes sociais, mas não estão. Não adianta apagar o perfil e os comentários. A Polícia Civil tem tecnologia suficiente para identificar esses criminosos, que serão punidos ao rigor da lei. No caso específico, eles vão responder pela injúria qualificada e pelo crime de racismo, previsto na lei de Racismo, artigo 22. A pena é de inclusão de um a quatro anos. Nesse caso, nós temos dois perfis a identificar e estamos investigando", adiantou.
No último domingo, Bruno participou do “Domingão do Faustão” e comentou a decisão de fazer a denúncia.
“Minha filha tem algo que esses caras não têm: amor. Em relação ao preconceito, a gente tem que ser intolerante. Eu fiz o que eu tinha que fazer. Agora cabe à polícia. Temos policiais bons e vão descobrir. Se combate o preconceito de duas maneiras: com o amor e a Justiça.”, disse ele.
O mesmo perfil que atacou a filha do casal também deixou um comentário racista numa foto da cantora Gaby Amarantos.
A menina foi adotada por Bruno e pela mulher dele, Giovanna Ewbank, no Malawi, no sudeste da África, e chegou ao Brasil em julho.
Bruno Gagliasso vai à polícia prestar queixa após ataques racistas à filha, Titi
Fechar comentários10 Comentários