Jogar uma final ou subir ao altar? O dilema vivido pelo volante Clayton, do XV de Piracicaba, é algo raro na carreira de um jogador de futebol profissional. O capitão do Nhô Quim, clube pelo qual foi revelado e que sempre atuou, responderia "sim" para as duas partes da pergunta. Quis o destino que o segundo jogo da final da Copa Paulista fosse justamente na mesma data, escolhida há um ano e meio, do casamento.
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No próximo dia 26, sábado, às 18h, o XV encara a Ferroviária, em Araraquara, no segundo jogo da final da Copa Paulista. Pouco depois, às 20h, está marcado o casamento de Clayton, em Piracicaba. O volante confia no suporte da diretoria para que possa estar em campo e, depois, consiga chegar a tempo de subir ao altar. Antes, porém, o foco está no jogo de ida, sábado, às 18h, no Barão da Serra Negra.
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– Estou focado somente nos jogos finais. A diretoria está me dando todo o suporte necessário para que eu pense exclusivamente em desempenhar minha função dentro de campo da melhor maneira possível. Temos esse importante compromisso no sábado, diante do nosso torcedor, e é somente nisso que estou pensando nesse momento – falou Clayton, que no último domingo completou 116 jogos pelo XV.
Existe a possibilidade de alterar, neste caso, o horário da cerimônia, o que faria o jogador atuar e depois chegar a tempo para o casamento. Em nome da diretoria, o gestor de futebol Beto Souza disse que o clube "fará todo o esforço possível" para que uma solução seja encontrada. Apesar disso, o dirigente garantiu que no momento é preciso dar tranquilidade para Clayton, uma vez que o jogador é um dos principais nomes do elenco e ainda tem o primeiro jogo antes de pensar no confronto de volta.
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– A diretoria fará todo o esforço possível para que a melhor solução seja encontrada, mas isso será visto, com mais atenção, a partir da próxima semana. Nosso foco, agora, está no jogo de sábado e estamos fazendo de tudo para deixar o atleta tranquilo e compenetrado para a partida no Barão – disse o dirigente do Nhô Quim.
Um dos mais experientes do elenco, o zagueiro Rodrigo disse que a torcida é para que uma solução em comum seja encontrada e, assim, que Clayton esteja em campo. Por isso, o defensor nem pensa no momento em ser o capitão no jogo decisivo, isso em uma possível ausência do volante.
– O Clayton é um cara bem tranquilo e claro que quer jogar em Araraquara. Ele tem total confiança do grupo, mas o casamento é algo particular e que tinha marcado há mais de um ano. Quem sabe dá uma reviravolta no caso e ele jogue. Levantar a taça é o que menos importa para mim. Eu torço é para o Clayton estar em campo no dia 26 ajudando nossa equipe – comentou Rodrigo.
O GloboEsporte.com acompanha os dois duelos em Tempo Real. O time campeão terá o direito de escolher por vaga na Série D do Brasileiro ou na Copa do Brasil, ambas em 2017. O vice fica com a vaga restante.