Por Do G1 Rio


Polícia atira bombas e balas de borracha de dentro da Igreja São José

Polícia atira bombas e balas de borracha de dentro da Igreja São José

A Arquidiocese do Rio de Janeiro emitiu nota, na tarde desta terça-feira (6), afirmando que vai apurar a invasão da Igreja de São José, no Centro do Rio, durante protesto contra o pacote de austeridade do governo do estado em frente a Alerj. Um vídeo feito pelo repórter Henrique Coelho, do G1, mostra que, da janela do templo, policiais dispararam balas de borracha em manifestantes.

"A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, em face da utilização da Igreja São José, da Irmandade do Glorioso Patriarca São José, para uma ação relacionada aos protestos desta manhã, informa que buscará apurar os fatos", diz o texto da Igreja.

O comunicado destaca ainda que, "em face do contexto atual que marca o Estado do Rio de Janeiro, importa as soluções sejam buscadas através do diálogo e do esforço de todos, em vista da justiça e da paz".

O primeiro dia de votação do pacote foi marcado por protestos e muita violência fora da Alerj. Segundo a PM, o confronto com manifestantes começou quando manifestantes tentaram invadir a casa. Os manifestantes atiraram bombas em direção a assembleia e os agentes responderam com bombas de gás e balas de borracha. Até as 17h, oito PMs tinham ficado feridos, segundo a corporação.

Mesmo com o confronto, a Alerj iniciou as votações do pacote de medidas de austeridade do governo estadual. Na sessão extraordinária que começou às 14h, os deputados aprovaram duas medidas de economia da própria Casa: o fim da frota de carros oficiais e a proibição de realizar sessões solenes no plenário à noite, diminuindo os gastos com energia elétrica e horas extras.

Por 32 votos a 19, deputados rejeitaram o destaque que excluiria secretários que ganham acima do teto do corte de 30℅ no salário. Com o resultado, secretários de Educação e Fazenda, que ganham acima do teto, terão salários reduzidos ou deixarão os cargos.

Ainda nesta terça-feira, os parlamentares decidiram antecipar o calendário de votação do pacote, que a princípio iria até o dia 15. Agora, as últimas medidas serão votadas na próxima segunda-feira (12). A sessão deverá ser a mais polêmica, já que na pauta estarão o aumento da contribuição previdenciária dos servidores, de 11% para 14% do salário, e o adiamento para 2020 de reajustes salariais para diversas categorias.

No o confronto fora da Alerj, a deputada Tia Ju (PRB) foi levada ao departamento médico. Ela passou mal em reação aos efeitos do gás de pimenta.

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