O futebol brasileiro está de luto, mas Jair Ventura não escapou das perguntas sobre futebol nesta sexta-feira. Especialmente, sobre a movimentação do clube no mercado. O treinador confirmou o interesse no argentino Walter Montillo e disse que o argentino pode ajudar muito o time em 2017.
- Não vou falar o quanto está perto ou não. A gente vem acompanhando, ele já tem uma passagem pelo Brasil. Mas vai nos ajudar - disse Jair Ventura, que usou uma camisa da Chapecoense na entrevista coletiva.
O treinador também falou sobre sua situação contratual e também sobre João Paulo e Neilton. Enquanto o primeiro está próximo de um acerto, o atacante já foi liberado para as férias e deve retornar ao Cruzeiro na próxima temporada.
- A diretoria já me procurou, o Cacá (Azeredo, vice de futebol) também. A gente já está acertado. Agora é focar e depois que assinar eu dou mais detalhes... A situação do Neilton, ele foi liberado porque está suspenso, mas estamos tentando a permanência dele. Sobre o João também não tem nada certo, mas é um bom jogador. Não sei o quanto ele está próximo do Botafogo – frisou Jair Ventura.
O treinador também comentou a tragédia com o avião da Chapecoense. Entre as vítimas, estava o técnico Caio Júnior, com quem jair Ventura trabalhou no Botafogo em 2011.
- Comentei em um programa que eu estive que o Caio é muito organizado. O pior dia depois do desastre vai ser amanhã (sábado), ver aquilo pela TV. Mas só guardo boas recordações, ele é um cara do bem, maravilhoso. Queria mandar um abraço para os familiares nesse momento bem delicado.
Outros trechos da entrevista
Acha que é uma rodada que deve ser jogada?
Está difícil até de trabalhar. A gente sabe que ainda falta
um jogo, e vamos cumprir o que for definido. Mas está difícil, bem difícil. É
muito difícil ter que treinar e trabalhar. Lógico que para jogar vai ser
difícil também. Imagina jogar nessa situação. Você não precisa conhecer ninguém
no avião para sofrer. A situação é mundial. Mas como eu falei, vai ser difícil
e vamos ver o que vai acontecer.
Velório e vítimas
O Guilherme (Marques) estava fazendo uma matéria com a gente
na mesa tática. A gente sabe que o momento é de tristeza. Mas a gente tem que
ser solidário. Eu quero dar um abraço nos familiares. A gente não precisava
conhecer ninguém e trabalhar com ninguém para sentir a perda. Você se põe na
situação. A gente viaja toda semana, e vamos ter que continuar. Vai ser difícil
esquecer isso. É complicado. Quero estar presente amanhã, sim, e tentar
confortar os familiares. Vou estar presente, sim.
Gatito Fernández
É um bom goleiro. A gente fala que futebol não tem segredo.
Mas só tenho elogios.
Estagiário, sob a supervisão de Marcelo Baltar