Política

Elize Matsunaga é condenada a quase 20 anos por esquartejar marido em São Paulo

Após sete dias de julgamento, sentença foi proferida na madrugada desta segunda-feira
Elize Matsunaga no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo Foto: Reprodução
Elize Matsunaga no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo Foto: Reprodução

SÃO PAULO — Elize Matsunaga foi condenada pela morte e esquartejamento do marido e empresário Marcos Matsunaga a 19 anos e 11 meses de prisão. A sentença foi lida pelo juiz Adilson Paukoski no início da madrugada desta segunda-feira após sete dias de julgamento. O júri, iniciado na segunda-feira (28), ocorreu no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste da capital paulista.

— Conclui-se que por toda a dinâmica dos fatos, tratar de pessoa com personalidade fria e manipuladora. Chegando a se passar por esposa abandonada e ainda se desvencilhou do instrumento que esquartejou a vítima — disse Paukoski.

Além da condenação por homícidio, Elize recebeu a pena por ocultação de cadáver por ter despejado partes do corpo do empresário em uma estrada. Marcos foi morto no dia 19 de maio de 2012. Em julho do mesmo ano, Elize foi presa.

Durante o interrogatório deste domingo, Elize afirmou que o crime aconteceu em um momento de forte emoção e que tinha sido agredida pelo marido. Na briga, ela contou que pegou uma arma que estava na sala.

— Eu não queria atirar nele. Queria calar ele — disse Elize no interrogatório qiue durou mais de seis horas neste domingo. Ela optou por não responder às perguntas da acusação sob orientação de sua defesa. Elize afirmou também que atirou em Marcos antes de ver o vídeo da traição do marido com uma amante. — Eu poderia ter feito um milhão de coisas, mas eu não estava normal naquela hora. Eu não estava normal — afirmou Elize ao ser indagada pelo juiz Adilson Paukoski sobre o motivo de ter atirado no marido.

A defesa de Elize sempre sustentou que ela atirou na cabeça de Marcos, no apartamento do casal, para se defender das agressões dele durante uma discussão. Segundo ela, ele morreu na hora. O motivo da discussão era o fato dela ter contratado um detetive particular que descobriu que o marido a traía com uma prostituta. Elize contou que, desesperada, decidiu usar uma faca para esquartejar o corpo em sete partes e jogá-las em Cotia, Grande São Paulo. Os advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio alegaram ainda que ela agiu sozinha.