A tragédia com o avião que levava o time da Chapecoense, jornalistas e convidados para Medellín, na Colômbia, na última terça-feira, abalou o Brasil e o mundo. Ciente da proximidade de alguns jogadores do Santos com as vítimas do acidente, que deixou 71 mortos, a psicóloga do clube está de plantão.
Juliane Fechio, que trabalha com o elenco profissional, fica no CT Rei Pelé à disposição dos atletas para que eles possam superar as dificuldades num momento difícil, como agora.
– Estou aqui desde a tragédia de plantão. Não chamo os
jogadores, fico esperando que eles me procurem, dando uma atenção maior aos
que tinham vínculo com vítimas, como com o Neto, que jogou aqui. Esses sentiram
mais e temos que trabalhar essa angústia que eles vão sentir por mais um
tempo – explicou a psicóloga, à Rádio Santos, explicando que os jogadores se colocam no lugar das famílias das vítimas.
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– A
principal angústia era no sentido da família, de pensar neles. Estão
muito solidários à família dos jogadores que faleceram. Como crescem em
alojamento e vivem longe, a família vira o principal referencial. Sempre
viajam e pensam no retorno para casa. Eles pensam como vai ser daqui
para frente nas viagens. Tenho feito muito mais o trabalho de escuta.
Psicólogo não pode falar para ser forte, que vai passar, porque não tem
como ser forte, então deixo eles desabafarem, dizerem o que sentem – completou.