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Brasil encerra 2016 com o segundo melhor aproveitamento entre seleções

Com 75% dos pontos conquistados no ano, Seleção fica atrás apenas da França entre as 10 melhores equipes do ranking da Fifa. Confira os números detalhados

Por Rio de Janeiro

 


Após a vitória por 2 a 0 diante do Peru (veja o vídeo), o Brasil acaba o ano com seis vitórias seguidas, na liderança das eliminatórias e com um pé na Copa do Mundo de 2018. Mas houve outra seleção com números melhores em 2016. Entre as 10 equipes mais bem posicionadas no ranking da Fifa, o time comandado por Tite teve o segundo melhor aproveitamento do ano. Vice-campeã europeia, a França foi a única à frente dos brasileiros.

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O GloboEsporte.com detalhou os números das campanhas dos 10 primeiros colocados no ranking da Fifa ao término de 2016 (veja a tabela abaixo). A entidade máxima do futebol só divulgará a lista oficial no próximo dia 24, mas pelo simulador disponível no site da Fifa é possível prever quantos pontos cada seleção terá. Com os últimos resultados, o top-10 teria Argentina, Brasil, Alemanha, Bélgica, Chile, Colômbia, França, Portugal, Uruguai e Espanha. 

Tabela seleções  (Foto: GloboEsporte.com)*Posição baseada no simulador do site da Fifa. Ranking oficial será divulgado no dia 24 (Foto: GloboEsporte.com)

Os franceses conquistaram 82,35% dos pontos que disputaram em 2016. Foram 13 vitórias, três empates e apenas uma derrota em 17 jogos. O único revés foi, justamente, a final da Eurocopa, para Portugal (veja o vídeo abaixo). O Brasil teve 75% de aproveitamento. Com a arrancada após a chegada de Tite, a Seleção terminou a temporada com oito vitórias, três empates e também somente uma derrota nos 12 jogos que disputou. O único confronto no qual os brasileiros saíram derrotados foi na Copa América Centenário, diante do Peru. Para o ex-jogador e comentarista da TV Globo, Juninho Pernambucano, os dados refletem a realidade. Brasil e França são as duas melhores seleções do momento.

– Do momento, sim. Acho que sim. O Brasil viveu uma crise que a gente não esperava, mas percebia que talento sempre teve. Faltava comando. Veio um comando com mais disciplina, foi aceito pela opinião pública, imprensa, pelos jogadores, por todos, e por merecimento também. A gente termina muito bem o ano. O único gol que tomamos foi contra (nos seis jogos com Tite no comando). A França tem uma renovação muito boa. Tem geração muito boa, são muitos bons. Depois do problema do Benzema, se criou uma relação mais forte com a torcida. Quando sente essa energia, essa confiança, o time encaixa – avaliou Juninho.

 

A Argentina contou com o terceiro melhor aproveitamento da lista, com 73,30% – 10 vitórias, três empates e duas derrotas em 15 jogos. Campeão da Copa América nos Estados Unidos, o Chile, mesmo com o título, foi o pior entre as 10 seleções. A campanha irregular nas eliminatórias deixou os chilenos com seis derrotas em 16 partidas, e um aproveitamento de 54,16%. Juninho defende que os argentinos ainda podem evoluir e, mesmo diante da dificuldade no início do trabalho de Edgardo Bauza à frente da equipe, estão entre os melhores.

O Brasil viveu uma crise que a gente não esperava, mas percebia que talento sempre teve. Faltava comando. A França tem uma renovação muito boa"
Juninho Pernambucano

– A seleção argentina tem elenco de muita qualidade, principalmente no setor ofensivo. O que parece é que os problemas com a federação estão refletindo no campo. Mas merece muito respeito. (Bauza) ainda não encaixou e não sei se é o treinador ideal. Mas tem Messi, que ainda é o melhor do mundo. A Argentina tem time maravilhoso, mas o time não é equilibrado. O ataque é muito bom, mas o meio é dominado, tem problemas na defesa, o Mascherano joga de zagueiro no Barça e é volante na seleção... Eles tentam arrumar o time, não conseguem, e caíram. Mas vai para a Copa e merece muito respeito – opina o ex-jogador.

No aspecto individual, Cristiano Ronaldo é o destaque. Com 13 gols, o craque português é quem mais marcou entre as seleções. Em seguida, vêm o belga Lukaku, com 11 gols, e o uruguaio Cavani, com 10 gols. Messi foi o artilheiro argentino com oito gols. No Brasil, Philippe Coutinho e Gabriel Jesus foram os artilheiros do ano, com cinco gols cada. Neymar fez quatro gols pela Seleção. Juninho enxerga o dado como positivo. Deixar de depender muito do seu principal craque indica que o time tem mais unidade.   

– Acho que hoje não tem nenhuma seleção à frente do Brasil. O Brasil pode enfrentar qualquer seleção no momento. Brasil talvez até seja um pouco favorito em relação aos demais. Alemanha e França estão junto do Brasil. Mas no atual momento. E aí qual é o desafio? Estamos em forma muito boa, momento muito bom. Como vamos fazer para chegar em 2018 assim? Temos mudanças nos times, jogadores que atuam na China ficam sem atuar e outros fatores, mas pelo que o time mostrou, já dá a entender que o nível se manterá.

As seleções voltam a campo em março do ano que vem. A Seleção tem compromissos contra Uruguai e Paraguai, inicialmente marcados para os dias 20 e 28, nas próximas duas rodadas das eliminatórias. O Brasil é o líder, com 27 pontos, quatro a mais que os uruguaios, que estão em segundo na tabela.