Ana Beatriz Cordeiro Prates, de 18 anos, saiu de Goiânia para prestar vestibular para Medicina da USP em Ribeirão Preto (Foto: Gustavo Tonetto/G1)O curso de medicina na USP de Ribeirão Preto (SP) é o mais disputado entre os oferecidos pela universidade na Fuvest este ano. São ao menos 71 pessoas para cada uma das vagas oferecidas.
Uma delas é a jovem Ana Beatriz Cordeiro Prates, de 18 anos, que viajou de Goiânia (GO) até Ribeirão para prestar a prova da primeira fase neste domingo (27). Depois de um ano de estudos, e abrindo mão de academia, festas e encontros com amigos, a estudante garante não estar preocupada com a disputa acirrada e se diz confiante para se classificar para a segunda fase.
"Acho que a concorrência é o de menos agora, tenho que conseguir uma boa prova
Acredito que eu possa passar pra segunda fase, a prova é difícil, mas é bem feita", diz.
Além do curso mais disputado, Ribeirão Preto é a cidade com maior número de candidatos depois de São Paulo. Mais de dez mil alunos prestam o vestibular que seleciona alunos para a Universidade de São Paulo (USP).
A prova deste domingo é aplicada em 31 municípios paulistas, com mais de 136 mil candidatos estão inscritos. Os alunos vão responder a 90 questões de múltipla escolha sobre português, matemática, física, química, biologia, história, geografia e inglês.
A primeira fase tem cinco horas de duração. O gabarito oficial será divulgado no mesmo dia. Os candidatos aprovados farão a segunda fase do exame entre 8 e 10 de janeiro. Os locais de prova serão divulgados em 19 de dezembro.
Ana Beatriz Cordeiro Prates, de 18 anos, saiu de Goiânia com a família para prestar vestibular para Medicina da USP em Ribeirão Preto (Foto: Gustavo Tonetto/G1)Um ano de estudos
Ana Beatriz conta que para tentar entrar de primeira na faculdade dos sonhos ela teve que abrir mão de várias coisas. "Esporte parei totalmente. Eu sempre gostei de handebol, vôlei, academia, parei com tudo", afirma.
Com uma rotina de estudos diária de sete horas, fora as horas extras em disciplinas como redação e inglês, ela conta que os encontros com os amigos também foram reduzidos. A sorte, segundo ela, é que todo mundo estava na mesma fase, o que gerou um apoio mútuo para a preparação.
"É o ano inteiro falando disso todos os dias. Todos os dias, o dia inteiro praticamente, não acaba", afirma.
Se para outros vestibulandos matemática e história preocupam, para ela o desafio maior da primeira fase é a prova de literatura, principalmente na análise de obras como Mayombe, do escritor angolano Pepetela. Por outro lado, ela se sente confortável com biologia, sobretudo fisiologia. "Há provas mais extensas. A Fuvest dá pra fazer naquele tempo [de cinco horas]", diz.
*Sob a supervisão de Rodolfo Tiengo, do G1 Ribeirão e Franca
Em Ribeirão Preto, dez mil se inscreveram para vestibular da Fuvest 2017 (Foto: Gustavo Tonetto/G1)
