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De virada, Montes Claros Vôlei vence o Campinas pela Superliga

Vitória do MOC, por 3 sets a 1, contou com todos os elementos de um grande jogo; equipes prestaram homenagem às vítimas do desastre com o avião da Chapecoense

Por Montes Claros, MG

Equipes prestaram homenagem às vítimas do desastre com o avião da Chapecoense (Foto: Fredson Souza/Montes Claros Vôlei)Equipes prestaram homenagem às vítimas do desastre com o avião da Chapecoense (Foto: Fredson Souza/Montes Claros Vôlei)

Para o horário diferenciado da partida entre Montes Claros Vôlei e Campinas, um bom público, 3.200 pessoas no Ginásio Poliesportivo Tancredo Neves, no Norte de Minas. Público que certamente não se decepcionou por ter saído de casa e viu um show de vôlei, na vitória, de virada, do MOC por 3 sets a 1 (parciais de 21 x 25; 25 x 17; 25 x 18 e 25 x22). O líbero Gian levou o Troféu Viva Vôlei, como jogador destaque da partida. 

Com o resultado o Pequi Atômico ganha moral, já que vinha de importante vitória fora de casa, contra o Taubaté. A equipe volta a jogar no dia sete de dezembro, contra o líder Cruzeiro, em Montes Claros. Já o Campinas, terá clássico, em casa, contra o SESI, no dia 14.

O jogo
A partida entre Montes Claros e Campinas não poderia começar de outra forma. Em quadra e nas arquibancadas, homenagem aos jogadores e demais profissionais envolvidos no desastre com o avião da Chapecoense, na Colômbia. Foi feito um minuto de silêncio antes do apito inicial. O MOC entrou com tarjas pretas e faixa em homenagem às vítimas. Nas arquibancadas, grande parte da torcida aderiu à campanha do clube Norte Mineiro, vestindo camisas verdes.

O Campinas vinha de seis jogos de invencibilidade e o MOC de uma grande vitória contra o Taubaté. Um pré-jogo que já deixava clara a grandiosidade do duelo. Os dois primeiros pontos da partida foram do Campinas. A equipe paulista mostrou que é um visitante complicado já nos primeiros minutos do set inicial; no primeiro tempo, pedido pelo técnico da casa, Marcelino Ramos, o placar marcava 8 a 3 para o Campinas. O primeiro set passou a ser equilibrado, quando o Pequi Atômico pontou três vezes seguidos, chamou a torcida e encostou no placar. Dai em diante, muita disposição, entrega e explosão dos dois lados. Mais efetivo no ataque e contando com alguns momentos de desatenção do time da casa, o Campinas fechou o primeiro set em 25 a 21.

Com a vitória, o Montes Claros quebrou a invencibilidade do time paulista (Foto: Fredson Souza/Montes Claros Vôlei)Com a vitória, o Montes Claros quebrou a invencibilidade do time paulista (Foto: Fredson Souza/Montes Claros Vôlei)

MOC arrasador no 2º e 3º sets
O segundo set começou diferente para o Pequi Atômico, que voltou com um time mais concentrado nas ações. Após abrir cinco pontos, em 6 x 1, o técnico do Campinas foi obrigado a queimar o primeiro pedido de tempo, já no início do set. A boa diferença, já no início do set, ajudou o MOC a controlar a partida. O oposto Luan Weber cresceu, fez três pontos seguidos e MOC conseguiu a maior diferença na partida, sete pontos, em 15 a 8 para o time da casa. Nas mãos de Weber o MOC fechou o segundo set em 25 a 17 e colocou “fogo” no ginásio.

Já “estudadas”, as equipes iniciaram o terceiro set mais cautelosas, de forma mais equilibrada. Apesar de ter dois dos principais bloqueadores da Superliga, até aqui, o fundamento não conseguia ser o diferencial para o time do Campinas no jogo. Equilíbrio no placar que foi quebrado pelo MOC, após uma joga de raça do líbero Gian, que foi buscar uma bola praticamente perdida, na quadra do adversário; o Pequi Atômico abriu 10 a 6. Os saques do time do Norte de Minas passaram a entrar com muita violência, dificultando a recepção e passe do time paulista. Novamente nas mãos de Luan Weber, MOC fechou o set, 25 a 18.

Quarto set no grito da torcida
Já era por volta das 23h30 quando o quarto set teve início. Diferente do segundo e terceiro sets, o Montes Claros diminuiu um pouco o ritmo nos minutos iniciais; do outro lado, Campinas começou mais ligado, já que dependia do set para não ser derrotado na partida. Mas, com o apoio da torcida, que não deixou o ginásio mesmo com horário já mais tarde, o time da casa se reencontrou, tendo Luan Weber e o experiente Bob decisivos. O MOC virou a partida, após ficar mais da metade do set atrás do placar e encaminhou a diferença no placar até fechar o set em 25 a 22, no erro de saque do Campinas, levando também a partida.

Ao final da partida, o técnico Marcelinho Ramos explodiu de alegria, entre os abraços em cada um de seus comandados. O treinador reconheceu a importância da vitória e do encaixe da equipe dentro de quadra.

- Eles estavam merecendo isso, principalmente na nossa casa, na frente da nossa torcida. A montagem da equipe não foi por acaso. A gente montou a equipe justamente com um perfil mais agressivo do que dos dois últimos anos. E dentro da quadra a gente conseguiu este equilíbrio também das posições. A gente tem muita coisa ainda para buscar, para caminhar. Foi importante para dar confiança ao grupo. A gente vem de uma sequência de três jogos, com as melhores equipes e fizemos três jogos incríveis.

Equipe mineira demonstrou raça e fez jogo equilibrado em todos os setores (Foto: Fredson Souza/Montes Claros Vôlei)Equipe mineira demonstrou raça e fez jogo equilibrado em todos os setores (Foto: Fredson Souza/Montes Claros Vôlei)