Edição do dia 05/01/2017

05/01/2017 14h13 - Atualizado em 05/01/2017 15h08

Coleta de lixo é desafio para várias cidades brasileiras

Novos prefeitos herdaram as dívidas com as empresas contratadas.
Em muitos lugares, o lixo vai se acumulando nas ruas.

Ana Carolina RaimundiRio de Janeiro

A coleta de lixo está sendo um desafio para várias cidades. Os novos prefeitos herdaram as dívidas com as empresas contratadas na gestão passada e o lixo vai se acumulando nas ruas.

São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, é o segundo município mais populoso do estado e também um dos mais sujos. A Prefeitura da cidade tem uma dívida de R$ 35 milhões com a empresa que faz a coleta. Os moradores contaram que tem lixo na rua desde novembro e eles tem que conviver na rua e em casa com uma infestação de ratos, mosquitos e moscas.

O novo prefeito José Luiz Nanci, do PPS, decretou estado de calamidade financeira e disse que, na sexta-feira (6), vai se reunir com a empresa de limpeza para tentar renegociar a dívida.

Na Baixada Fluminense, moradores de pelo menos três municípios enfrentam a mesma siuação. Em Nilópolis, o lixo tomou conta do terreno da secretaria que deveria cuidar da limpeza do município. Em Belford Roxo, a coleta está irregular há oito meses, também por falta de pagamento.

Os problemas de gestão também são responsáveis por muita sujeita em outras regiões do país. Em Goiânia, tem bairro sem coleta há 15 dias. Os caminhões da Prefeitura estão quebrados por falta de manutenção e os da empresa terceirizada pararam de circular porque o município não pagou uma dívida de R$ 40 milhões. A nova administração disse que, até o fim de semana, o serviço deve voltar ao normal.

Em Belém, os fiscais do trabalho interditaram mais de 40 caminhões que recolhiam lixo na cidade. Os caminhões rodavam com caçambas velhas e pneus carecas. As empresas contratadas pela Prefeitura tinham terceirizado parte do serviço. Elas estão sendo autuadas e vão pagar multa.

Para quem tem que esperar uma solução dos novos governantes, a sensação é de que o ano ainda não começou.