02/01/2017 11h11 - Atualizado em 02/01/2017 15h51

Turista gaúcha morta em Florianópolis é velada em São Leopoldo

Daniela Soares foi atingida e morta com um tiro na comunidade Papaquara.
Corpo de professora de ioga será sepultado nesta segunda-feira (2).

Do G1 RS

O corpo da professora de ioga Daniela de Oliveira Soares, 38 anos, morta com um tiro na madrugada de domingo (1) em Florianópolis é velado desde madrugada desta segunda-feira (2) em São Leopoldo, no Vale do Sinos. Ela foi alvejada depois de entrar de carro na comunidade Papaquara, no Norte da Ilha, ao seguir indicações do GPS.

Corpo de Daniela de Oliveira Soares é velado em cemitério de São Leopoldo, turista gaúcha foi morta com um tiro em Florianópolis (Foto: Bernardo Bortolotto/RBS TV)Corpo de Daniela de Oliveira Soares é velado
em cemitério de São Leopoldo
(Foto: Bernardo Bortolotto/RBS TV)

O clima no velório, que ocorre no Memorial Ecumênico Cristo Rei, é de consternação e tristeza. Os familiares não conseguem acreditar no que aconteceu. Eles descrevem Daniela como uma pessoa de bom coração, muito querida por todos e que só queria o bem.

O marido de Daniela conta que a mulher viu um jovem armado e comentou com ele. Na sequência, ele ouviu o disparo, sentiu os estilhaços do vidro e viu a esposa morta.

“A gente andou 50 metros e dobramos a esquerda e tinham três rapazes. Vi que eram jovens. Dois deles foram para a esquerda e tinham uma garrafa de champanhe. O terceiro foi para o lado direito e ela [Daniela] comentou ‘nossa, ele está com uma pistola na mão’. Aí, ouvi estampido e tirei a mão do volante e senti o calor dos estilhaços. Quando olhei para o lado, a minha esposa já estava morta”, conta Felipe Augusto Friederich Soares.

Ela, que havia se casado em 2016, morava com o marido em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana. Na cidade, ela tinha um estúdio de ioga, onde era professora. O enterro está marcado para o meio-dia desta segunda, data em que a família planejava voltar ao Rio Grande do Sul após passar o réveillon na capital catarinense.

Família estava no carro
Daniela estava no banco do carona do veículo conduzido pelo marido dela. No banco de trás estavam o sobrinho, de sete anos, e os sogros. A família passou o Réveillon com parentes no Norte da Ilha e usava o GPS para chegar até a parte continental da capital, onde estava hospedada, segundo a RBS TV.

Quando a Tucson passou pela comunidade, um homem atirou no carro. “Sexta, nós fizemos uma operação grande aqui pela parte da manhã e prendemos o chefe do tráfico local. Então, estamos tentando relacionar com algum tipo de represália dos traficantes nesse sentido”, afirmou o tenente coronel.

Turista gaúcha foi baleada em carro (Foto: Gabriela Machado/RBS TV)Turista gaúcha foi baleada em carro (Foto: Gabriela Machado/RBS TV)

PM suspeita de represália do tráfico
A Polícia Militar suspeita que o 
tiro que atingiu e matou Daniela tenha sido disparado em represália à prisão de um líder do tráfico preso no local na sexta-feira (30), como mostrou o Bom Dia Santa Catarina desta segunda (2).

A PM foi até a Unidade de Pronto Atendimento do Norte da Ilha (Upa/Norte), para onde a vítima foi encaminhada, mas familiares da turista reclamaram da postura dos policiais, que teriam se negado a ir atrás dos criminosos na comunidade, sob o argumento de que era "arriscado demais".

“Toda ação policial tem que ser planejada, nós tínhamos um oficial aqui na região, atendendo essa região de ocorrência. Ele pediu reforço, combinou a operação com os policiais de fora e executou o trabalho de madrugada ainda, mas ninguém foi preso”, disse o tenente coronel Sinval da Silveira Júnior.

O corpo de Daniela saiu às 12h de domingo de Florianópolis para ser velado no Rio Grande do Sul.

Ação na comunidade
Segundo a RBS TV, logo após o crime, uma moradora entrou no carro e guiou a família até a Upa/Norte. Apesar de o local ficar a poucas quadras do ponto em que a vítima foi alvejada, Daniela estava morta quando chegou ao local.

Há dias, a polícia monta barreiras para combater o tráfico de drogas na comunidade onde ocorreu o crime. Nos últimos dois meses, de acordo com a RBS TV, 11 pessoas foram presas, e drogas, armas e carros roubados foram apreendidos.

Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública afirmou que foi determinado o reforço da atuação policial na comunidade. De acordo com o o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Henrique Hemm, foram instaladas barreiras policiais que funcionarão 24 horas por dia na entrada e saída de Papaquara, no Norte da Ilha, por tempo indeterminado.

O secretário de Estado da Segurança Pública, César Grubba, determinou que policiais permaneçam no local até que se tenham informações sobre o suspeito do crime.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil. “Estamos trabalhando para resolver o caso o mais breve possível”, disse o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Nitz.

 

 

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