• 06/02/2017
  • Por Paula Jacob Fotos Divulgação
Atualizado em
Zaha Hadid Architects divulga projeto para Museu do Holocausto, em Londres (Foto: Divulgação)


No segundo semestre de 2016, o governo britânico lançou uma competição internacional para a construção de um memorial em homenagem às vítimas e sobreviventes do holocausto. A iniciativa, para além da contemplação e respeito, como a de Berlim, ainda inclui a vontade de ter um espaço para as comemorações anuais do judaísmo e firmar a união entre as pessoas, contra ódio e preconceito. Entre os finalistas dos 10 projetos pré-selecionados, está o proposto pelo Zaha Hadid Architects.

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Zaha Hadid Architects divulga projeto para Museu do Holocausto, em Londres (Foto: Divulgação)



O local escolhido pelo governo para sediar o memorial fica próximo ao Rio Tâmisa, em Londres, ao lado das construções do parlamento. Tendo o espaço já determinado, o escritório da emblemática arquiteta Zaha Hadid, em parceria com o artista plástico Anish Kapoor,  então, desenvolveu uma escultura meio à natureza do parque ao redor, levando em conta a importância da contemplação da simplicidade para o judeus.

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“Meteoros, montanhas e pedras são o centro de lugares para reflexão, especialmente na tradição judaica. Eles invocam a vastidão da natureza para ser um testemunho da humanidade”, descreve o comunicado oficial do escritório de arquitetura. “Um memorial do holocausto precisa ser contemplativo e silencioso, invocando a empatia. É uma promessa para as próximas gerações que esse terrível evento na história não pode jamais acontecer novamente.”

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O conceito do projeto do Zaha Hadid Architects mescla o poder de um simples gesto com a força visual e cognitiva da arquitetura. Para tanto, foi pensado em um pequeno jardim de árvores ciprestes, que acompanham os visitantes até o monumento, feito de bronze em um senso de instabilidade visual, encaixado no chão e dividido em dois níveis.

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Zaha Hadid Architects divulga projeto para Museu do Holocausto, em Londres (Foto: Divulgação)


O subsolo pode ser acessado por uma rampa, levando à parte inferior da grande rocha. “Queríamos que as pessoas pudessem contemplar o objeto de baixo para cima também, com o efeito da luz natural entrando pelas aberturas superiores”, comentam os arquitetos.  Já para o nível do parque, há uma porta que dá acesso ao interior da rocha, fazendo aqui o momento de silêncio, total concentração e respeito. Tudo o que o mundo contemporâneo precisa nos dias atuais.

Zaha Hadid Architects divulga projeto para Museu do Holocausto, em Londres (Foto: Divulgação)