Política Crise nas prisões

Agentes entram em Alcaçuz e encontram armas, drogas e celulares

Objetivo da operação é retomar, reestabelecer e reformar o presídio
Bandeira do Brasil é hasteada em topo de prédio no presídio
Bandeira do Brasil é hasteada em topo de prédio no presídio

NATAL — Homens do Grupo de Operações Especiais (GOE) do governo do Rio Grande do Norte e agentes penitenciários da força-tarefa federal realizam, na manhã desta sexta-feira, uma operação na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal. A operação Phoenix visa retomar, reestabelecer e reformar o presídio, onde 26 pesos foram mortos no dia 14 de janeiro, durante uma briga entre facções criminosas. Segundo o comando da operação, o controle dos pavilhões 4 e 5, onde ficam detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), foi retomado. Foram encontrados um revólver, mais de 500 facas artesanais, celulares e drogas

A operação foi batizada de Phoenix em referência ao um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas. Uma revista nas celas em busca de armas, celulares e outros objetos proibidos também está prevista.

Os 78 agentes da força-tarefa que participam da operação em Alcaçuz vão chegaram ao estado na noite de quarta-feira. Eles vêm de outros estados e possuem treinamento especial para atuação em casos específicos como rebeliões, controle da população carcerária e intervenção em unidades prisionais. A força-tarefa também vai ajudar o governo do estado a dar um diagnóstico e propor soluções para Alcaçuz e todas as outras unidades prisionais do estado.

Ontem, o governo do Rio Grande do Norte solicitou ao governo federal a prorrogação dos trabalhos da Forças Armadas no Estado por mais 10 dias. O Ministério da Defesa havia autorizado a Operação Potiguar II - de reforço no patrulhamento das ruas - por um período de 10 dias. Esse prazo vence na próxima segunda-feira.