Política

CGU declara inidônea empresa investigada na Lava-Jato

Decisão proíbe a Jaraguá Equipamentos de celebrar novos contratos com a administração pública

O doleiro Alberto Youssef
Foto: Jorge William / Agência O Globo / 27-10-2016
O doleiro Alberto Youssef Foto: Jorge William / Agência O Globo / 27-10-2016

BRASÍLIA — A Jaraguá Equipamentos Industriais, citada na Operação Lava-Jato por repasse de recursos para uma empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, foi declarada inidônea pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU). A decisão assinada pelo ministro Torquato Jardim foi publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira. A empresa foi investigada

A medida impede que a empresa participe de novas licitações ou que seja contratada pela administração pública nos âmbitos federal, estadual e municipal. Ela também passa a fazer parte do cadastro de empresas inidôneas ou suspensas (CEIS), do Portal Transparência.

No despacho, o ministro argumenta que a empresa foi punida porque “pagou propina para agentes públicos com finalidades ilícitas, tais como exercer influência indevida sobre esses agentes e deles receber tratamento diferenciado; e por utilizar empresas de fachada para dissimular pagamentos”.

O processo administrativo de responsabilização foi instaurado em abril de 2015, em virtude da Operação Lava Jato, e confirmou envolvimento da empresa com o esquema de corrupção.

A CGU informou que encaminhará as conclusões ao Ministério Público Federal (MPF), ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Advocacia-Geral da União (AGU) para as providências cabíveis, no âmbito das respectivas competências.