Política

PF prende 27 em ação contra desvios de recursos à Universidade Federal do Paraná

Operação 'Research' cumpre 73 mandados judiciais no Paraná, Rio e Mato Grosso do Sul
A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira 29 mandados de prisão numa ação que apura prática de desvio de recursos públicos destinados à Universidade Federal do Paraná (UFPR). Batizada de
A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira 29 mandados de prisão numa ação que apura prática de desvio de recursos públicos destinados à Universidade Federal do Paraná (UFPR). Batizada de "Research", a ação tem como objetivo apurar repasse irregular de recursos a pessoas sem vínculos com a instituição no período entre 2013 e 2016.

SÃO PAULO - A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira 29 mandados de prisão numa ação que apura prática de desvio de recursos públicos destinados à Universidade Federal do Paraná (UFPR). Até o início da manhã, 27 pessoas já haviam sido presas, segundo a PF. Não foi revelado o tamanho do rombo nos cofres públicos.

Feita em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU), a operação batizada de “Research”, tem como objetivo apurar repasse irregular de recursos mediante pagamentos sistemáticos, fraudulentos e milionários de bolsas a pessoas sem vínculos com a instituição no período entre 2013 e 2016.

Além dos mandados de prisão, cerca de 180 policiais federais, seis servidores da Controladoria Geral da União e quatro do Tribunal de Contas da União cumprem oito conduções coercitivas e 36 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio.

Segundo nota divulgada pela PF, a investigação reuniu indícios concretos da realização de fraudes em pagamentos (desvio de recursos públicos federais) realizados no período de 2013 a 2016 a título de auxílio a pesquisadores, bolsas de estudo no país e bolsas de estudos no exterior a diversas pessoas desprovidas de vínculo regular de professor, servidor ou aluno da universidade paranaense.

Dentre os fatos até então apurados, diz a PF, se detectou a participação de ao menos dois funcionários públicos federais nas fraudes, resultando na prisão cautelar de ambos.

De acordo com a PF, o nome é uma referência ao objetivo central das bolsas concedidas pela unidade, destinada a estudos e pesquisas pelos contemplados.

Os investigados estão sendo levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados, a fim de prestarem os esclarecimentos necessários.