RIO - A estatística de autos de resistência (homicídios decorrentes de intervenções policiais) no estado subiu 84,9% em janeiro deste, em comparação com o mesmo mês do ano passado. De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), houve um aumento de 53 para 98 casos em 2017. Devidos à greve da Polícia Civil, alguns delitos referentes a janeiro deste ano sofreram subnotificação, segundo o instituto.
Em relação ao índice de letalidade violenta, que, além de autos de resistência e homicídios dolosos, abrange latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, houve um aumento de 25,3% em comparação com janeiro de 2016: foram 479 casos no ano passado, contra 600 de 2017.
O balanço do ISP também aponta uma elevação no índice homicídios dolosos (praticados com intenção de matar): 17,2% em relação a janeiro de 2016, referente a um aumento de 406 para 476 casos.
O índice de roubo de carros aumentou em 25,3%, em relação a janeiro de 2016. Foram 3.358 no ano passado, contra 4.207 em 2017.
Sobre o número de policiais civis e militares mortos em serviço, o aumento foi de três vítimas em relação a janeiro de 2016. No ano passado houve um caso, contra quatro em 2017. Esse ano houve registro de 24 policiais militares mortos até agora .
Em relação ao número de feminicídio, no mês de janeiro de 2017 foram registradas 53 vítimas no estado. O número de tentativas de feminicídio foram 98 casos.
De acordo com o relatório, o número de armas apreendidas teve aumento de 3,6% em relação ao ano passado: Foram 727 em 2016, contra 753 esse ano — sendo 45 fuzis. Já em relação às prisões com mandados, houve redução de 3,7%. Foram 3.226 casos em 2016, e 3.107 em 2017.
Também houve redução de 18,9% nas prisões em flagrante. Em janeiro do ano passado foram feitos 4.590 registros em 2016, contra 3.724 esse ano.
As apreensões de adolescentes com mandados registraram queda de 13,3% em relação a janeiro de 2016, quando foram feitos 907. Esse ano foram 795.
Houve redução ainda de de 36,3% no número de apreensões de adolescentes em flagrante: 1.293 em 2016, contra 824 em 2017.