
Após um mês, um balanço mostra o que sobe e o que desce na era Crivella
Prefeito do Rio cumpre promessas, mas já teve que voltar atrás em decisões polêmicas
O prefeito Marcelo Crivella é cumprimentado ao chegar à Câmara de Vereadores para a sua diplomação - Gabriel de Paiva / Agência O Globo
RIO - O prefeito Marcelo Crivella assumiu o comando da cidade no dia 1º de janeiro prometendo, por exemplo, não nomear quem tem "ficha suja" e montar uma equipe puramente técnica. Mas nem tudo saiu como programado, ele teve que alterar convocações e criou mal estar em algumas secretarias. No entanto, algumas ações de Crivella foram aprovadas pela população, como a manutenção temporária das tarifas dos ônibus municipais e o anúncio de um mutirão para cirurgias. Veja a seguir:
SOBE: Ordem pública na orla

A Secretaria de Ordem Pública, em parceria com a PM, deu início a um novo plano de patrulhamento da orla do Rio para conter arrastões e tumultos nas praias cariocas. A Guarda Municipal, que está usando radiotransmissores na mesma frequência da PM, está monitorando imagens de câmeras do Centro de Operações Rio (COR) direcionadas para a faixa de areia. O número de agentes na orla também aumentou.
SOBE: Mutirão para cirurgias
A Secretaria municipal de Saúde fez um mutirão de cirurgias para reduzir a fila do Sistema de Regulação do município (Sisreg). Segundo a pasta, no total, 140.387 pessoas que estão esperando por um procedimento, seja cirúrgico, consultas ou exames. As cinco especialidades cirúrgicas com maiores filas são plástica, 4.213; geral, 983; oftalmológica, 503; infantil, 362; ortopédica, 362.
SOBE: Tarifa é mantida

A promessa de não alterar a tarifa dos ônibus foi mantida. Segundo a Secretaria de Transportes, qualquer alteração no preço dependerá do resultado de estudo que está sendo feito pelo órgão.
SOBE: Imóveis reformados
O plano da prefeitura de investir na reforma de residências em favelas está de volta, mas com nome novo: Cartão Reforma. O projeto vai incorporar o programa Cimento Social a ações da prefeitura voltadas para a reforma de conjuntos habitacionais.
SOBE: Despachos em Botafogo

A sede social da prefeitura, em Botafogo, virou o local predileto para o prefeito Marcelo Crivella despachar. Morador da Barra da Tijuca, ele pode até transformar parte do prédio em sua residência oficial.
DESCE: Confusão em nomeações
A prefeitura fechou o mês sem conseguir concluir as nomeações para diversos cargos de primeiro e segundo escalão. Vários atos também foram anulados porque os indicados eram "ficha suja". Na lista, até um caso de réu julgado por lesão corporal seguido de morte, que acaba de ter sentença confirmada pelo STF.
DESCE: Mais despesas para os cofres
Apesar da promessa de cortar custos, o prefeito criou 16 novas superintendências regionais, com um total de 112 cargos comissionados que deverão custar R$ 5,8 milhões por ano aos cofres.
DESCE: Obras paradas

Um mês depois, a prefeitura ainda renegocia contratos com fornecedores para a retomada de obras públicas paralisadas nos últimos meses da administração de Eduardo Paes. A lista inclui a conclusão do BRT Transbrasil e obras de contenção de encostas.
DESCE: Vice deve impostos

As maiores polêmicas saíram da Secretaria municipal de Transportes, pasta comandada pelo vice-prefeito Fernando Mac Dowell. Ele nomeou um blogueiro e uma merendeira para cargos de confiança. Além disso, causou constrangimento ao governo ao acumular quase R$ 600 mil em dívidas tributárias, renegociadas após reportagens do GLOBO.
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