• Renata Piza l Styling Alberto Hiar e Ricardo Franca Cruz
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 Um raio amarelo aplicado em jeans. Com essa fórmula, simples à primeira vista, a Zoomp gerou desejo em todo mundo que viveu nas décadas de 1980 e 1990. Explica-se: muito antes do boom das marcas importadas, o que importava mesmo no Brasil era ter uma peça criada pela marca de Renato Kherlakian, fundada em 1974.

De lá pra cá, muita água rolou, com direito a trovoadas. Depois de uma série de negociações malsucedidas, a Zoomp caiu numa espécie de limbo, saindo do mapa dos consumidores sem chegar a ser conhecida pela geração millenium.

O gap, porém, está com os dias contados. Em março deste ano, a Zoomp volta ao mercado pelas mãos de Alberto Hiar, o homem à frente do grupo K2, que detém a Cavalera, barbearias e até um restaurante. “Todo mundo sempre quis ter uma calça Zoomp. Não à toa. O passado da marca é a nossa principal inspiração.”

O jeanswear, portanto, continua sendo o carro-chefe, mas vem em versão premium, com tecidos importados da Turquia, Japão e Itália. “Nosso desafio é fazer uma coisa nova sem deixar de lado o que a marca já foi.” Somam-se a ele tênis descolados, jaquetas perfecto e paletós mais relaxados. “Quero tirar o ar careta da alfaiataria”, diz Hiar.

As peças chegam a 250 pontos de venda no país e custam entre R$ 400 e R$ 800. “Elas são pensadas para um homem que tem poder aquisitivo, mas tem estilo e conhecimento sobre o que veste.”

Zoomp (Foto: André Klotz)

Back to the future
A jaqueta perfecto e o coturno, ícones 90’s, voltam com tudo. Para dar um ar mais contemporâneo, invista em uma calça oversized e use o coturno por fora dela, afunilando propositalmente a barra.

All that jeans
Carro-chefe da Zoomp nos anos 1980, o jeans reaparece em versão total e ganha frescor com a camiseta navy. A lavagem com poucos efeitos garante o equilíbrio entre sofisticação e descontração, mostrando maturidade na nova fase da marca.

New job
Tecidos tecnológicos permitem uma modelagem mais cool, trazendo a Zoomp para os anos 2000. Repare na boa mistura entre o paletó jeans e a calça chino, dois clássicos repaginados.

Opostos complementares
O xadrez, que deu o tom dos anos 1990, é trocado por listras largas na mesma cartela de cores. A mensagem é menos grunge, mas sem deixar a referência de lado.