"Eu não jogava basquete, até o coordenador da minha mãe chamá-la, porque ele viu meu tamanho e queria usá-lo pra alguma coisa. Ele foi, me mostrou o treino de basquete, eu gostei e continuei jogando. Antes eu jogava futebol ", afirmou o atleta.

Da descoberta da modalidade aos dias atuais foram apenas oito meses. Entre treinos e competições, o Gigante tem aprimorado cada vez mais as habilidades, surpreendendo tanto o técnico que o acompanha todos os dias, quanto os rivais.

- Ele pegou muito rápido todos os princípios do basquete. Coordenação motora, agilidade... E isso está surpreendendo não só a mim, como equipes de fora do estado também. No primeiro campeonato que ele viajou conosco, um Torneio Nordeste, em Natal, havia uma equipe de Minas Gerais e o técnico de Minas foi em cima dele, já buscou informações, o telefone da mãe, da família, para tentar levá-lo - contou Bolinho.

Ao entrar em quadra ainda com 12 anos, o atleta impressionava pela facilidade de já conseguir enterrar nas cestas sem sequer sair do chão. Com a mudança da categoria, a altura da tabela também foi alterada, mas Gabriel segue sem dificuldades de manter a bola no alto, longe do alcance dos adversários.

Calçando o número 48, o jovem atleta se inspira em outro gigante da modalidade. O grego Giannis Antetokounmpo, que foi o jogador mais valioso (MVP) da NBA da temporada 2018-2019, também era magro e bastante alto no início da carreira. Hoje, no alto dos seus 2,11m, serve de espelho para o Gigante do Recife.