RIO — O ator Mahershala Ali, vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante pela sua atuação em "Moonlight: sob a luz do luar", é o primeiro ator muçulmano a ganhar um prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Antes dele, a atriz Ellen Burstyn ganhou o Oscar em 1975 por "Alice não mora mais aqui". Ellen era praticante do sufismo, uma fusão do islã com outras religiões, mas não se considerava muçulmana.
Apesar da expectativa de um discurso político, devido ao clima político no país após a tentativa do presidente Donald Trump de banir os muçulmanos, Ali preferiu agradecer a seus professores e sua esposa, que acabou de dar à luz o primeiro filho do casal.
O feito de "Moonlight: Sob a luz do luar", que superou todo o favoritismo de "La la land: Cantando estações" e levou o Oscar de melhor filme, é ainda mais significativo por ter sido o primeiro filme com temática LGBT a vencer o principal prêmio da cerimônia.
O primeiro ator muçulmano premiado
Convertido aos 17 anos, o americano Mahershala Ali foi o primeiro ator muçulmano a ganhar um Oscar. Ele saiu com a estatueta de melhor ator coadjuvante por sua performance em "Moonlight". Apesar da expectativa por um discurso político, Ali preferiu agradecer a seus professores e a sua esposa, que acabou de dar à luz o primeiro filho do casal.
Primeira atriz negra com a tríplice coroa
Ao vencer o prêmio de melhor atriz coadjuvante por "Um limite entre nós", Viola Davis se tornou a 23ª pessoa na História a acumular vitórias por atuação no Oscar, no Tony e no Emmy, a chamada "tríplice coroa". O feito é ainda marcante por Viola ser o primeiro artista afro-americano a entrar no seleto grupo.
O filme mais longo
Nunca antes um filme tão longo como "O.J.: Made in America" saiu vencedor do Oscar. Com 7h47m, o melhor documentário do ano superou "Guerra e paz" (1966), que tinha 7h7m de duração. Vale lembrar, claro, que o recordista anterior era um filme de ficção.
O diretor mais novo
O americano Damien Chazelle, de "La la land", já tinha sido o diretor mais novo a ser indicado ao Oscar, mas acabou floreando ainda mais o feito ao superar os demais concorrentes na categoria. Com 32 anos e um mês, ele quebra um recorde que durava desde 1931, quando Norman Taurog, com 32 anos e oito meses, venceu por "Skippy".
Claro que o simples fato de ser indicado a um Oscar já marca a carreira de qualquer profissional. Mas, quando a vitória não vem, deve ser inevitável sentir um gostinho amargo. Imagina para Kevin O'Connell, que só conseguiu sair da festa com a estatueta em sua 21ª indicação — a de melhor mixagem de som por "Até o último homem".
Uns com tão pouco, outros com tanto...
Se para Kevin O'Connell foi difícil ganhar um Oscar, para a figurinista Colleen Atwood a missão parece ser um pouco menos complicada. A americana foi premiada com a estatueta de melhor figurino por "Animais fantásticos e onde habitam", acumulando o quarto Oscar de sua carreira em 12 indicações. A estante ficará mais cheia.