14/02/2017 17h32 - Atualizado em 15/02/2017 03h47

Estado e Enel assinam contrato de privatização da Celg, em Goiás

Governador Marconi Perillo diz que estado recebeu R$ 1 bilhão pela venda.
Segundo ele, valor deve ser aplicado, principalmente, em infraestrutura.

Vanessa MartinsDo G1 GO

Celg é privatizada e governador Marconi Perillo (PSDB) assina venda para Enel Goiás (Foto: Vanessa Martins/G1)Celg é privatizada e governador Marconi Perillo (PSDB) assina venda para Enel (Foto: Vanessa Martins/G1)

A venda da Companhia Energética de Goiás (Celg) para a empresa italiana Enel foi concluída nesta terça-feira (14), em Goiânia. O presidente da corporação estrangeira no Brasil, Carlo Zorzoli, esteve na capital goiana com o governador do estado, Marconi Perillo (PSDB) e o presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Junior, onde assinaram a privatização da companhia, que foi vendida por R$ 2,187 bilhões.

O governador afirmou que o valor a ser pago ao estado de Goiás, de R$ 1,1 bilhão já foram depositados na conta, enquanto o restante do valor foi passado para a Eletrobrás. Ele garante que o dinheiro será usado para investimentos em infraestrutura.

"Os recursos da privatização foram depositados na conta do governo de Goiás. Vamos investir em obras e serviços estratégicos para o estado. [O dinheiro] só poderá ser usado em investimento, nada em custeio. Serão investimentos na infraestrutura do estado, estradas, saneamento, na saúde, na educação e na segurança pública. Também pretendemos investir na capitalização da companhia de saneamento do estado", afirmou.

Além do valor pago pela empresa ao estado, Perillo ressaltou que a presença da Enel trará retorno para o governo através dos impostos, como o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Ainda conforme o governador, a empresa italiana deve investir ainda R$ 3 bilhões nos próximos três anos em melhorias na Celg. O próprio presidente da Enel especificou que pretende investir em tecnologias para melhorar a qualidade do serviço prestado.

“Basicamente estamos falando de investir em tecnologia que permita melhorar a qualidade do serviço no sentido de reduzir o prazo de falta de energia quando falta energia. Essas tecnologias já estão sendo aplicadas em outras distribuidoras do grupo no país e, em um ano, já observamos uma melhora de 20% na redução do valor das interrupções”, esclareceu.

A venda da Celg havia gerado preocupação nos servidores da empresa, que temem ser dispensados após a Enel assumir a administração da Companhia. No entanto, o presidente da empresa italiana não falou sobre possíveis demissões ou contratações para a empresa. Segundo ele, ainda é preciso analisar a Companhia para tratar do assunto.

Presidente da Enel, Carlo Zorzoli, fala sobre investimentos na Celg, em Goiás Goiânia  (Foto: Vanessa Martins/G1)Presidente da Enel, Carlo Zorzoli, fala sobre investimentos na Celg, em Goiás (Foto: Vanessa Martins/G1)

Preço
Ao ser questionado se o valor da energia poderia subir, Zorzoli afirmou que a compra da Celg pela Enel não deve causar mudanças no valor da fatura. “A mudança de controle não indica nenhuma mudança de tarifa. Lembrando que a porcentagem que vai para a distribuidora é de 16% a 20%”, afirmou.

O presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Junior, também sobre o assunto, afirmou que não acredita que o preço da energia deva subir.

“Não imagino termos variações na tarifa. A tarifa hoje tem sido um motivo de redução da inflação. Só no ano passado houve redução foi de, em média, 12 %. O sistema faz um ajuste a favor do consumidor quando o agente tem ganho de produtividade, você tem compartilhamento de ganho de produtividade com o consumidor", analisou.

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