Por Carol Prado, G1


Dizem por aí que oportunidades nunca são perdidas, alguém sempre aproveita as que os outros deixaram passar. Emma Watson, Miles Teller e Matt Damon que o digam. Os três entraram, neste ano, para a indigesta lista de astros que perderam suas melhores chances de ganhar o Oscar. Bom para Emma Stone, Ryan Gosling e Casey Affleck, que acabaram se tornando favoritos aos prêmios. Entenda por que alguns atores perderam a estatueta antes mesmo da cerimônia.

Emma Watson em 'Amor e revolução' — Foto: Divulgação

Cantando arrependimentos

As escolhas e suas consequências são uma das maiores reflexões de "La la land: Cantando estações", recordista de indicações neste ano - e também na história da premiação, ao lado de "Titanic" e "A malvada". Talvez, se tivessem pensando melhor no assunto, Emma Watson e Miles Teller não teriam perdido o que poderiam ser os papéis mais importantes de suas carreiras. A dupla era cotada para interpretar o casal que protagoniza o filme, antes de Emma Stone e Ryan Gosling conquistarem Hollywood com seu romance musical.

Teller protagonizou o filme anterior do diretor Damien Chazelle, "Whiplash: Em busca da perfeição" (2014), que deu o Oscar de ator coadjuvante a J.K. Simmons. Ele negociava a participação em "La la land", mas um dia recebeu um telefonema e soube que estava fora do projeto, segundo contou à revista "Esquire" em 2015. A "Hollywood Reporter", porém, dá outra versão. Citando fontes ligadas ao filme, a revista diz que o ator não ficou satisfeito com o salário oferecido pela produção. Teria recusado uma oferta de US$ 4 milhões.

Miles Teller em 'Whiplash' — Foto: Divulgação

Já a desistência de Watson alimentou vários rumores. A coluna de fofocas "Page Six", do jornal "New York Post", afirma que a atriz fez exigências loucas para participar do filme, como a realização de ensaios em Londres. Uma outra versão, divulgada pela "Hollywood Reporter", diz que o problema foi a falta de espaço na agenda da moça, que teria preferido se dedicar à versão com atores de "A bela e a fera", que estreia em março.

Stone e Gosling, que ficaram com os papéis de Mia e Sebastian, foram premiados no Globo de Ouro. A atriz ainda levou uma estatueta no Bafta, maior premiação britânica do cinema. Os dois, é claro, também disputam as principais categorias de atuação do Oscar.

Matt Damon em almoço com indicados ao Oscar, Beverly Hills (EUA) — Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

Desgosto em dose dupla

Antes de "Manchester à beira-mar", Casey Affleck era mais conhecido como aquele irmão mais novo do Ben, que faz uns filmes alternativos. O dramalhão, indicado em seis categorias (incluindo melhor ator), é certamente o maior trabalho de sua carreira até aqui: tanto que botou Casey como favorito ao Oscar. Mas ele quase o perdeu para Matt Damon.

Isso porque o ator, que é um dos produtores do longa, havia sido originalmente escalado para interpretar Lee Chandler, mas um conflito de horários envolvendo o longa "Perdido em Marte" (2015) levou à escolha de Affleck. Em entrevista depois de receber seu prêmio no Bafta, o protagonista agradeceu ao colega por ter recusado o papel. Mas não é só isso. Damon também teria saído cotado para dirigir o filme, no lugar de Kenneth Lonergan, que acabou ficando com a missão. E a indicação ao Oscar.

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