Todas as nove musas, cada uma representando um orixá antes do último carro da escola, desfilaram com as plumas brancas como asas. Foram mais de 3 mil plumas utilizadas nas fantasias. Tânia Bisteka, responsável pela ala das musas, contou que o objetivo da escolha foi a reciclagem.

"Nosso carnavalesco gosta de reciclar o que é antigo. As plumas deram um visual muito lindo, com o conceito da fantasia combinava ainda mais. Agora, virou moda usar faisão. Dizer que tem faisão significa que a fantasia é cara, mas aqui na Mangueira a riqueza é a pluma, que estava já há mais de 20 anos esquecida, sem muita importância", explica Tânia Bisteka.

"A beleza das musas ajuda a trazer esse glamour de volta. As plumas estão sendo resignificadas", acrescenta Tânia.

A musa Rafaela Bastos comemora a escolha do material. "Ele foi perdendo status com os anos, mas agora estamos aqui, lindas, felizes com essa opção. O Leandro recicla tudo. Esse ano, ele fez 180 fantasias, de três alas, só com os costeiros e as cabeças das musas, que usamos no ano passado", conta.

"Quando se sabe trabalhar, usamos qualquer material. As pessoas dão muita importância ao faisão, mas temos muitos outros elementos que podemos usar", defende a Luciana Faustini.

Já Andressa Verdino diz que a opção das plumas protege os faisões. "Deixa os faisões, os bichinhos sofrem com as arrancadas de penas. Se for para o bem deles, melhor voltar as plumas."