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LAVA-JATO

Moro rebate críticas a prisões provisórias: 'Fundamental'

Geraldo Bubniak

No despacho da ordem de prisão de Jorge e Bruno Luz, hoje, Sérgio Moro (foto) respondeu às críticas sobre o excesso de prisões provisórias na Lava-Jato, feita por advogados e por alguns ministros do STF, a exemplo de Gilmar Mendes.

Hoje, há apenas sete presos provisórios na Lava-Jato. Escreveu Moro:

"Em que pesem as críticas genéricas às prisões preventivas decretadas na assim denominada Operação Lavajato, cumpre reiterar que atualmente há somente sete presos provisórios sem julgamento, e que a medida, embora drástica, foi essencial para interromper a carreira criminosa de Paulo Roberto Costa, Renato de Souza Duque, Alberto Youssef e de Fernando Soares, entre outros, além de interromper, espera-se que em definitivo, a atividade do cartel das empreiteiras e o pagamento sistemático pelas maiores empreiteiras do Brasil de propinas a agentes públicos, incluindo o desmantelamento do Departamento de Propinas de uma delas."

Moro defendeu ainda que, mais grave do que a prisão cautelar, é o quadro de corrupção sistêmica apontado pela Lava-Jato, com prejuízos já encontrados de R$ 6 bilhões e desvios "utilizados para pagamento de propina a dezenas de parlamentares, comprometendo a própria qualidade de nossa democracia".

Completou o juiz:

"Embora as prisões cautelares decretadas no âmbito da Operação Lava-Jato recebam pontualmente críticas, o fato é que, se a corrupção é sistêmica e profunda, impõe-se a prisão preventiva para debelá-la, sob pena de agravamento progressivo do quadro criminoso. (...)"

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