Central das Eleições recebe Eduardo Jorge, candidato a vice na chapa de Marina Silva
O vice-candidato de Marina Silva (Rede) à Presidência, Eduardo Jorge (PV), foi o terceiro entrevistado na Central das Eleições, da GloboNews, nesta quarta-feira (5).
Cinco postulantes ao cargo de vice-presidente das cinco chapas mais bem colocadas nas pesquisas de opinião serão entrevistados durante a semana. Kátia Abreu (PDT), vice de Ciro Gomes, e Ana Amélia (PP), vice de Geraldo Alckmin, já foram entrevistadas. A série ainda terá:
- Fernando Haddad (PT), vice de Lula (PT)
- General Mourão (PRTB), vice de Jair Bolsonaro (PSL)
A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações de Eduardo Jorge. Leia:
“Aprovei projetos altamente polêmicos, como a Emenda Constitucional que dá mais recursos para a saúde, projetos como os medicamentos genéricos, que passamos oito anos discutindo isso"
Fato — Foto: foto: G1
A declaração é #FATO. Veja o porquê: Eduardo Jorge foi um dos autores da Proposta de Emenda à Constituição 169/1993, que determinava a aplicação de um percentual mínimo de recursos pela União, pelos Estados e pelos municípios para a manutenção do Sistema Único de Saúde (SUS), com o financiamento das redes públicas , filantrópicas e conveniadas. Na época, ele era deputado federal pelo PT-SP.
Em 1991, Eduardo Jorge foi autor do Projeto de Lei 2022/1991, que proibia a utilização do uso de marca comercial ou de fantasia nos produtos farmacêuticos. A proposta obrigava o uso do nome genérico nos remédios comercializados no país, a fim de reduzir o custo dos medicamentos. O projeto, no entanto, não foi à frente.
Em 1998, uma versão mais moderada do projeto foi retomada e aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados. No ano seguinte, a proposta foi aprovada pelo plenário do Senado, e foi transformada na Lei 9787/1999. A lei criou os genéricos, mas não proibiu o uso de marca comercial nos remédios vendidos no país.
“Eu propus um sistema único de Previdência com direitos e deveres semelhantes para todo mundo. Nessa ocasião, eu já dizia que a aposentadoria com idade mínima para homem e mulher deveria ser igual”
Fato — Foto: foto: G1
A declaração é #FATO. Veja o porquê: O ex-deputado federal Eduardo Jorge, então parlamentar eleito pelo PT, apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), em 1993, para reformular o sistema previdenciário brasileiro. A PEC 172 propunha um regime básico da Previdência Social e instituía a idade mínima em 60 anos para que homens e mulheres se aposentassem.
A proposta de Jorge defendia que nenhum beneficiário da Previdência receberia um valor mensal inferior ao salário mínimo. “Quanto à aposentadoria por idade, pretende-se igualar os limites para a concessão do benefício para homens e mulheres, urbanos e rurais, em 60 anos”, dizia a justificativa da PEC.
"Cerca de R$ 3 por pessoa por dia. É isso que o Brasil dá para o Sistema Único de Saúde trabalhar"
Fato — Foto: foto: G1
A declaração é #FATO. Veja o porquê: De acordo com levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina, em parceria com a ONG Contas Abertas, os governos federal, estaduais e municipais aplicaram, em 2014, por dia R$ 3,89 per capita para cobrir as despesas públicas com saúde dos mais de 204 milhões de brasileiros.
“O governo do PT, por exemplo, esse período começou o governo com 60% de orçamento no SUS federal e 40% estados e municípios e terminou esse período com 40 e poucos por cento federal e 60% estados e municípios”
Não é bem assim — Foto: G1 arte
#NÃOÉBEMASSIM. Veja o porquê: Em 2003, primeiro ano de gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a despesa da União no orçamento total do governo com o Sistema Único de Saúde (SUS) representou 50% — e não 60%, como afirma Eduardo Jorge. Em 2016, último ano do governo do PT, o percentual caiu para 43%. Em 2003, estados e municípios foram responsáveis por 50% dos gastos e, em 2016, por 57%. Os dados estão disponíveis no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS), do Ministério da Saúde.
“Quando fui secretário de Saúde da Luiza Erundina, nós implantamos o primeiro serviço de aborto legal no Brasil. Essa lei era antiga, mas ninguém atendia. Casos de estupro e de risco de vida eram uma lei antiga, e o Brasil não tinha nenhum serviço para atender nesses casos. Fui eu que implantei”
Fato — Foto: foto: G1
A declaração é #FATO. Veja o porquê: O Hospital Municipal Artur Ribeiro de Saboya, conhecido como Hospital do Jabaquara, em São Paulo, foi o primeiro do país a oferecer atendimento para o aborto nos casos de gestação fruto de estupro e quando há risco à vida da mulher, previstos no Código Penal de 1940. O Serviço de Aborto Legal foi implementado na gestão da então prefeita de São Paulo Luiza Erundina (então no PT, hoje PSOL), em 1989, quase 50 anos após a lei entrar em vigor. Na época, Eduardo Jorge comandava a Secretaria de Saúde da capital.
“Pecuária é tão emissão de gás efeito estufa do que todo o transporte no mundo”
Fato — Foto: foto: G1
A declaração é #FATO. Veja o porquê: O relatório da FAO "Emissão de gases de efeito estufa da agricultura, silvicultura e outros usos da terra", publicado em 2016 com base em dados do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), aponta que a participação da pecuária corresponde a 13,44% do total de emissões de gases de efeito estufa.
Já o "transporte", segundo o relatório, é responsável por 14% das emissões mundiais, logo atrás de "energia" (35%) e "indústria" (21%).
Fato ou Fake — Foto: G1
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