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Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro


As tentativas até agora inconclusas de contratar Paulo Henrique Ganso e/ou Nenê são apenas os últimos capítulos de um drama que já dura anos no Fluminense: encontrar um camisa 10 que volte a dar alegrias ao torcedor. O Tricolor, inclusive, deixou o tradicional número vago neste começo de temporada, na esperança de conseguir um nome de peso para o meio de campo.

Thiago Neves vestiu a 10 do Fluminense — Foto: Nelson Perez/Fluminense FC

Enquanto o clube carioca tenta achar a reposição para a venda de Sornoza, o GloboEsporte.com relembra com o número místico para o futebol brasileiro virou sinônimo de dor de cabeça nas Laranjeiras nos últimos tempos.

Thiago Neves, o último a deixar saudades

O último camisa 10 a deixar saudades nos tricolores de fato foi Thiago Neves, destaque da campanha que culminou com o vice-campeonato da Libertadores em 2008. Autor de três gols na final, o meia-atacante seria ainda mais ídolo da torcida caso a conquista tivesse se concretizado.

Vendido ao Hamburgo no mesmo ano, retornou na temporada seguinte sem repetir o mesmo brilho. Chegou a arranhar a imagem com a torcida ao jogar pelo arquirrival Flamengo em 2011, mas recuperou o carinho dos tricolores ao participar da campanha dos títulos Carioca e Brasileiro de 2012. Neste ano, começou vestindo a 7, mas depois retomou a 10 que estava com Rafael Moura. Ao todo, foram 174 jogos e 50 gols com a camisa tricolor - média de 0,29 por partida.

Confira alguns gols de Thiago Neves com a camisa do Fluminense

Confira alguns gols de Thiago Neves com a camisa do Fluminense

Wagner, o herdeiro da 10

Com a ida de Thiago Neves para o futebol árabe, a camisa 10 do Fluminense ficou vaga o restante de 2013. Vale lembrar que neste período, o Flu também teve outro meia, Conca. Voltou a campo em 2014, com um meia: Wagner. Mas o argentino sempre teve preferência pela 11. Vestindo a 10, Wagner não chegou a ser unanimidade entre os tricolores. Em 183 jogos pelo clube, fez 25 gols.

Wagner enfrentou irregularidade no Tricolor — Foto: Nelson Perez/Fluminense FC

O fracasso de R10

Em 2015, o Fluminense trouxe nada menos que Ronaldinho Gaúcho para vestir a 10. Mas a passagem do craque pelas Laranjeiras foi um fracasso. O meia chegou em julho, foi embora três meses depois e pegou até o técnico da época, Eduardo Baptista, de surpresa. Jogou apenas 11 jogos e não marcou sequer um gol com a camisa tricolor.

Ronaldinho Gaúcho deixa o Fluminense

Ronaldinho Gaúcho deixa o Fluminense

Passagem relâmpago de Diego Souza

Em 2016, o Fluminense repatriou Diego Souza com status de camisa 10. Mas o meia ficou apenas três meses no clube e pediu para sair, retornando ao Sport. O número, então, passou para um jovem da base que vinha ganhando espaço desde o ano anterior: Gustavo Scarpa.

Diego Souza Fluminense Cruzeiro — Foto: Daniel Teobaldo / Agência Estado

Scarpa e a saída traumática

Com boas atuações na temporada, Scarpa caiu nas graças da torcida. De fato, foi o jogador que mais rendeu com o místico número desde a saída de Thiago Neves: 27 gols em 154 partidas. Mas a saída traumática através da Justiça no começo de 2018 o tornou "persona non grata" entre os tricolores.

— Foto: Reprodução

Sornoza, o último 10

Após a saída de Scarpa, Sornoza assumiu a camisa 10. Carismático, o equatoriano havia conquistado a torcida no ano anterior ao fazer boa temporada quando vestiu a 20. Em 2018, no entanto, acabou não correspondendo às expectativas. No último Brasileirão, teve apenas um gol e uma assistência em 29 jogos. Vendido ao Corinthians, deixou novamente o místico número em aberto.

Sornoza, ex-meia do Fluminense — Foto: André Durão

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