Edição do dia 27/07/2017

25/07/2017 14h27 - Atualizado em 27/07/2017 15h11

Observação de aves salva espécies e movimenta bilhões pelo mundo

Observação de aves é um tipo de turismo onde cada cidadão vira uma espécie de cientista amador e pode até ajudar a salvar espécies.

Ernesto PagliaFlórida, EUA, Costa Rica e Porto Seguro, BA

Ao lado da Nasa, na Flórida, EUA, quem mira o céu não está de olho em foguete, não, quer mais é ver passarinho!

As pessoas vão de carro observar a vida selvagem, os pássaros e outros animais e fazem isso do conforto de seus automóveis. Tem muito a ver com a cultura do automóvel nos Estados Unidos, mas também é uma forma civilizada, confortável e segura de fazer observação de aves no meio da natureza, no conforto do carro.

Nos Estados Unidos, mais de 47 milhões de pessoas observam aves. É um super negócio, que gera mais de 600 mil empregos e movimenta quase US$ 106 bilhões por ano, o triplo do que o Brasil vai gastar com o Ministério da Saúde em 2017.

Feiras como uma que acontece em Titusville, na Flórida, reúnem os passarinheiros e quem fatura alto com eles. Peruanos, portugueses, colombianos, equatorianos, texanos, cada um tenta vender o seu pássaro. E tem brasileiros também, como o fotógrafo, editor e guia turístico especializado Edson Endrigo.

Edson tenta atrair passarinheiros americanos para o Pantanal, a Amazônia, o Banhado do Taim. Ele ganha e a natureza, também.

Cada passarinheiro é uma sentinela avançada da natureza. Confira como funciona o trabalho, muitas vezes realizado de forma voluntária, no vídeo acima.


A Costa Rica já foi uma das 'campeãs' de desmatamento e hoje recebe 'passarinheiros' do mundo todo, que querem observar aves lindas, raras e exclusivas. Confira a segunda reportagem da série em parceria com o Globo Natureza no vídeo abaixo.



 


Jornal Hoje_série pássaros (Foto: Ernesto Paglia)Cabeça encarnada (Foto: Ernesto Paglia)

 

A última reportagem da série do Globo Natureza sobre a observação de aves começa no sul da Bahia. Das quase 2 mil espécies de aves brasileiras, 362 são da região de Porto Seguro. Muitas delas exclusivas de lá, outras ameaçadas de extinção. Confira no vídeo abaixo.

 

 

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