Por Jornal Nacional


Especialistas explicam a importância de tomar a segunda dose da vacina no prazo certo

Especialistas explicam a importância de tomar a segunda dose da vacina no prazo certo

Com o número ainda bem reduzido de vacinas no Brasil, os médicos alertam sobre a importância de garantir a aplicação da segunda dose no prazo certo para uma imunização completa.

Das dez vacinas aprovadas em todo mundo para uso definitivo ou emergencial, só uma não exige uma dose de reforço.

A CoronaVac, desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e a da universidade de Oxford feita com o laboratório AstraZeneca - as únicas aprovadas no Brasil até agora - devem ser aplicadas em duas etapas.

Mesmo diante da escassez de vacinas, o Ministério da Saúde vai aplicar as duas doses no prazo indicado pelos fabricantes, uma decisão que os especialistas consideram acertada já que os estudos mostram que, dessa forma, é possível atingir a eficácia máxima das vacinas.

“Nós temos que respeitar os dados que a gente tem de eficácia nos intervalos que foram estudados. São vacinas novas que estão com licenciamento emergencial. Nós não temos os dados do que um intervalo maior pode representar”, afirmou Monica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações.

Por isso, a importância de garantir em todos os postos de vacinação a segunda dose para quem se vacinar.

“O governo do estado de São Paulo vem se organizando há mais de três meses para poder colocar em prática a logística de distribuição de vacinas, apoiando assim os municípios na execução do processo de vacinação e, do ponto de vista prático, o que o estado de São Paulo vem fazendo é seguir as recomendações do Programa Nacional de Imunização, sendo mais específico, no quesito reserva de doses, explicou Eduardo Ribeiro, secretário-executivo da Secretaria de Saúde de São Paulo.

Para isso, é preciso saber os detalhes de quando as vacinas e os insumos estarão de fato disponíveis.

“A gente está nessa desorganização sem saber quando a gente recebe vacina, quando vem, quantas doses vêm. Então, planejamento está sendo impossível. A gente tem que se planejar dentro, sabendo dados concretos e quantitativos e do cronograma de entrega no país. Isso é importante frisar: nós precisamos de certeza da continuidade de fabricação e dos prazos de entrega para gente poder fazer um planejamento com datas para todos os grupos prioritários”, alertou Monica Levi.

Bruno Politano trabalha como médico intensivista nos Estados Unidos, já tomou as duas doses da vacina e sabe bem o que isso representa.

“A felicidade de poder terminar essa doença ou, no mínimo, controlar é uma alegria. Não só nos Estados Unidos, mas no Brasil também com as vacinas que estão sendo administradas. É uma alegria, um privilégio”, disse Bruno.

Sempre é bom lembrar que a segunda dose da CoronaVac, do Instituto Butantan, precisa ser tomada num intervalo de 14 a 28 dias; e a segunda dose da vacina de Oxford/AstraZeneca, da Fiocruz, em 12 semanas.

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