Por Guilherme Boisson, TV Globo


IML muda contagem de mortos em ação no Complexo da Penha

IML muda contagem de mortos em ação no Complexo da Penha

A Polícia Civil do RJ informou nesta quinta-feira (26) que o número de mortos da operação da Vila Cruzeiro, na última terça-feira (24), é de 23, em vez de 26.

O Instituto Médico-Legal explicou que três dos 26 mortos atribuídos à operação vieram, na verdade, de um confronto entre traficantes rivais no Morro do Juramento. Com isso, o número desceu para 23 mortos na Penha.

Os 23 corpos que já foram identificados são:

  • Anderson de Souza Lopes
  • Carlos Alexandre de Oliveira Rua
  • Carlos Henrique Pacehco da Silva
  • Denis Fernandes Rodrigues
  • Diego Leal de Souza
  • Douglas Costa Incaio Donato
  • Edmilson Felix Herculano
  • Emerson Stelman da Silva
  • Eraldo de Novaes Ribeiro
  • Everton Nunes Pires
  • Gabrielle Ferreira da Cunha
  • Izaias Vitor Marques Nobrega
  • João Carlos Arruda Ferreira (Menor)
  • João Victor Moraes da Rocha
  • Leonardo dos Santos Mendonça
  • Mauri Edson Vulcão Costa
  • Maycon Douglas Alves Ferreira da Silva
  • Nathan Werneck Borges Lopes
  • Patrick de Andrade da Silva
  • Ricardo José Cruz Zacarias Junior
  • Roque de Castro Pinto Junior
  • Tiugo dos Santos Bruno

Vítima de operação com mais de 20 mortos na Vila Cruzeiro, no Rio, chega ao hospital Getúlio Vargas nesta terça-feira (24). — Foto: REUTERS/Pilar Olivares

OAB cita 'indícios de execuções'

O procurador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Rodrigo Mondego, disse que existe uma suspeita de tortura e execução durante a operação.

"Existe indícios de execuções, em algumas regiões. Indícios de que pelo menos uma pessoa foi torturada antes de ser morta. E existe indícios de mortos a facadas. A gente está aguardando o desenrolar da perícia do IML para ver em que condições essas pessoas foram mortas", disse Mondego.

Na manhã de quarta-feira (25), representantes da OAB-RJ e da Defensoria Pública estiveram na região do confronto.

O ouvidor-geral da Defensoria Pública, Guilherme Pimentel, foi à favela ouvir moradores.

"A gente veio aqui com moradores, lideranças. A gente está escutando o que eles têm a dizer. Eles vieram aqui nos mostrar a área onde tudo aconteceu e isso faz parte da nossa apuração para que a gente consiga prestar o melhor serviço pra população, principalmente para as famílias afetadas", disse Pimentel.

Na terça-feira (24), a Polícia Militar do Rio de Janeiro e a Polícia Rodoviária Federal deflagraram a operação na Vila Cruzeiro para prender chefes do Comando Vermelho e suspeitos vindos de outros estados que estariam escondidos no lugar.

Segundo o comando da PM, a operação estava sendo planejada havia meses, mas foi deflagrada de modo emergencial para impedir uma suposta migração para a Rocinha.

Foram mais de 12 horas de tiroteio na região.

A ação é considerada a segunda mais letal da história do Rio de Janeiro, atrás somente da ação no Jacarezinho, de maio de 2021, que resultou em 28 mortes.

Em fevereiro deste ano, outra operação conjunta da PM e da PRF na Vila Cruzeiro deixou pelo menos oito mortos.

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