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Com 1.382 mortes em 24h, Brasil ultrapassa 212 mil óbitos por Covid-19, aponta boletim de imprensa

Foram registrados 64.126 novos casos de coronavírus nesta quarta-feira, elevando para 8,6 milhões o total de infectados
Em Manaus, trabalhadores funerários removem o corpo de Adamor Mendonça, que morreu em casa de Covid-19 após não conseguir uma vaga no hospital em meio à crise sanitária no Amazonas Foto: BRUNO KELLY / REUTERS
Em Manaus, trabalhadores funerários removem o corpo de Adamor Mendonça, que morreu em casa de Covid-19 após não conseguir uma vaga no hospital em meio à crise sanitária no Amazonas Foto: BRUNO KELLY / REUTERS

RIO — O Brasil chegou a marca de 212 mil vidas perdidas para a Covid-19. Nesta quarta-feira, registrou 1.382 mortes totalizando 212.893 óbitos. A média móvel foi de 983 óbitos, 33% maior se comparado com 14 dias atrás.

Foram contabilizados também 64.126 casos, elevando para 8.639.868 o total de infectados pelo vírus. A média móvel foi de 54.630 casos, 50% maior se comparado com 14 dias atrás.

Faça o teste : Qual é o seu lugar na fila da vacina?

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Consulte : Veja a situação do coronavírus em seu estado

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira (20) que foi informado pelo embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, que o atraso na importação de insumos para a produção de vacinas não foi causado por "obstáculos políticos" , e sim por problemas de ordem técnica.  Em entrevista à GloboNews, Maia falou sobre os assuntos tratados em reunião desta manhã, em Brasília, com o diplomata chinês.

De acordo com Maia, Wanming disse que trabalharia para acelerar o processo de liberação de substâncias essenciais para a produção dos imunizantes no Brasil. Tanto a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, quanto a vacina de Oxford/Astrazenica, que será produzida pela Fiocruz, necessitam de matéria-prima daquele país.

Infográfico : Números do coronavírus no Brasil e no mundo

No entanto, o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Filipe Martins, afirmou nesta quarta-feira, em entrevista à "Rede TV", que o governo brasileiro negocia com outros países fornecedores de insumo para a fabricação da vacina CoronaVac, para que o Brasil não dependa apenas da China.  Segundo Martins, ao mesmo tempo, o embaixador do Brasil em Pequim, Paulo Estivallet, tem mantido contato direto com o chanceler chinês, Wang Yi, e o presidente Jair Bolsonaro deve telefonar para o presidente daquele país, Xi Jinping, com o mesmo objetivo, nos próximos dias.

Governadores enviaram na manhã desta quarta-feira uma carta ao presidente Jair Bolsonaro pedindo que ele e o Ministério das Relações Exteriores façam um gesto de diálogo com a China e coma Índia para viabilizar a continuidade da vacinação no país.  Entraves diplomáticos com os países asiáticos atrasam a exportação para o Brasil de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) e de doses prontas da vacina contra Covid-19 e colocam em risco o avanço da imunização no país.