Diante do impasse sobre o reajuste para a carreira, entidades da Polícia Federal (PF) devem passar a discutir nesta semana as datas para uma possível paralisação das atividades e a adoção da chamada operação-padrão.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) está debatendo a medida em uma assembleia geral e os integrantes têm até o início desta noite para se manifestarem. A votação ocorre de forma online.
Em meados de abril, a entidade já havia aprovado um indicativo de paralisação. A reunião desta semana serve para ratificar a medida.
A ADPF tem criticado a proposta do governo de conceder um reajuste linear de 5% para todos os servidores federais e afirmado que o presidente Jair Bolsonaro está quebrando a promessa de valorização da categoria.
Integrantes da PF esperavam que o montante de R$ 1,7 bilhão reservado no Orçamento público fosse destinado para a reestruturação da carreira e correção das perdas acumuladas nos últimos anos somente das forças de segurança da União.
O anúncio feito pelo presidente, de que vai tentar aumentar o número de convocados em concursos da PF e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), não deve fazer a categoria recuar. Segundo um delegado ligado à entidade, trata-se de algo já previsto e que não resolve o impasse sobre os vencimentos dos atuais agentes.