Amigos e parentes se despedem de Isabel Salgado, estrela do vôlei brasileiro
Em diferentes fases da vida, Isabel Salgado marcou quem esteve perto dela.
“Se os amigos batessem na porta da Isabel, Isabel ia e resolvia o problema”, conta Jaqueline Silva, campeã olímpica de vôlei de praia em 1996.
“Isabel brigava por ser ouvida. Hoje a gente briga por igualdade”, afirma a ex-jogadora de vôlei Fabi.
Foi uma manhã de dor para os cinco filhos da ex-atleta, mas também de reverência de amigos e fãs a uma das primeiras estrelas do vôlei feminino do Brasil. O corpo foi velado e cremado no Cemitério da Penitência, na Zona Portuária do Rio.
Com o esporte, Isabel ampliou o horizonte de muita gente. Com voz ativa, promoveu valores como igualdade e inclusão. Ela sempre foi coragem, intensidade e atitude. Dentro e fora das quadras.
“Uma mulher que tinha sede por justiça social e que o esporte fosse parte do processo, do molde, da formação das pessoas como cidadão”, relembra Fabi.
“Não era a hora dela ainda, com certeza. A minha mãe viveu só 62 anos, mas ela viveu intensamente, como poucas pessoas viveram”, lamentou a filha Maria Clara.
As cinzas de Isabel devem ser jogadas no mar, na praia de Ipanema. Um lugar onde ela já é eterna.
“A praia, o sol. Isabel é luz. Isabel é para sempre”, exalta Jaqueline Silva.