O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 16 pontos percentuais de vantagem em intenções de voto em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo pesquisa Ipec contratada pela TV Globo e divulgada No “Jornal Nacional” nesta segunda-feira.
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Lula oscilou positivamente e dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais, indo de 46% na sondagem anterior para 47%. Bolsonaro manteve os 31% de intenção de voto da pesquisa anterior, divulgada em 9 de setembro.
Eles são seguidos por Ciro Gomes (PDT), que segue com 7%. Simone Tebet (MDB), que foi de 4% para 5% e Soraya Thronicke (União Brasil), que se manteve com 1%.
Felipe d'Avila (Novo), Vera (PSTU), Constituinte Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Padre Kelmon (PTB) e Sofia Manzano (PCB) foram citados, mas não chegam a 1% cada um.
De acordo com o Ipec, 5% dos eleitores pretendem votar em branco ou nulo (eram 6%) e 4% não sabem ou não responderam.
Considerados apenas os votos válidos, a possibilidade de Lula vencer em primeiro turno vem aumentando nas últimas quatro sondagens, desde 29 de agosto. De lá para cá, as intenções de voto do petista subiram de 44% para 47%, enquanto Bolsonaro oscilou de 32% para 31% - portanto dentro da margem de erro.
No período, Ciro manteve-se em 7%, Tebet subiu de 2% para 5% e Thronicke permaneceu com 1%.
Pelo critério da maioria absoluta, para ser eleito, o candidato precisa obter mais da metade dos votos válidos (excluídos os votos em branco e os votos nulos). Caso seja obtida maioria absoluta dos votos válidos já em primeiro turno, o candidato é considerado eleito.
Apesar de sutil, a variação nos últimos levantamentos mostra que a diferença entre Lula e Bolsonaro vem aumentando e que o petista está no limite das intenções de votos para liquidar a disputa pelo Planalto.
Na nova pesquisa, o Ipec (ex-Ibope) também projetou um eventual segundo turno. A vantagem de Lula subiu dois pontos percentuais, portanto dentro da margem de erro.
O petista teria 54% das intenções de voto, contra 35% de Bolsonaro. Na sondagem anterior, a diferença era de 53% a 36%.
Elemento importante nas projeções de segundo turno, a taxa de rejeição dos líderes nas pesquisas permaneceu a mesma em relação a Bolsonaro. Metade do eleitorado (50%) não votaria no presidente de jeito nenhum. O ex-presidente Lula é rejeitado por 33%, dois pontos percentuais a menos que no levantamento anterior.
Bolsonaro tem as maiores taxas de rejeição entre os eleitores do Nordeste (61%), jovens, de 16 a 24 anos (56%), e pessoas com renda familiar de até um salário mínimo (55%).
Já Lula tem maior rejeição entre os mais ricos, com renda familiar de mais de cinco salários mínimos (52%), entre eleitores com ensino superior (43%) e moradores da região Sul (42%).
O levantamento mostra que 80% dos eleitores brasileiros dizem estar decididos em quem irão votar para presidente neste ano. Os que dizem que ainda podem mudar de voto são 19%. O patamar é estável em relação à semana anterior.
O levantamento também traz a avaliação do governo Bolsonaro: 36% aprovam e 59% desaprovam a forma como o presidente conduz o país.
O Ipec ouviu 3.008 pessoas entre os dias 17 e 18 de setembro em 181 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-00073/2022.