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Por Morar Bem

O debate sobre igualdade de gênero vem ganhando força no mercado imobiliário. Algumas construtoras já oferecem programas para incentivar a inclusão de mulheres nos canteiros de obras — e não é por acaso. O avanço da participação feminina no setor caminha lado a lado com a qualidade do trabalho e a atenção aos detalhes nos acabamentos.

Na Tenda, elas já representam 29% do quadro de funcionários em cargos de nível operacional e do alto escalão. A empresa tem colocado em prática algumas iniciativas como o programa Mulheres na Obra, criado no segundo semestre do ano passado para gerar mais oportunidades e aumentar a participação feminina nos canteiros de obra.

A diretora de Gente e Gestão da construtora, Cristina Caresia, disse que a construtora mapeou diversas funções exercidas nas obras que podiam indicar um caminho para a entrada delas no setor.

— Elas representam, em média, 19% no setor da construção civil como um todo. E na Tenda já respondem por 29%. Em um ano de programa, já temos mais de 78 mulheres trabalhando nos nossos canteiros de obra — observa.

A executiva explica que o trabalho de inserção de mão de obra feminina deve vir acompanhado de iniciativas que proporcionem um ambiente acolhedor para as colaboradoras, até como forma de reter essas profissionais. Historicamente, a construção civil é um dos setores com maior predominância masculina (97% da mão de obra, segundo dados do Ministério da Economia) e ainda há consenso na sociedade de que canteiro de obras não é lugar para mulheres.

— Temos feito um forte trabalho de conscientização e sensibilização com os trabalhadores e gestores das obras, abordando temas como inclusão, machismo e preconceito, para criar um ambiente de trabalho que seja receptivo a elas — ressalta Cristina.

É comum as construtoras buscarem apoio de organizações não governamentais para colocar seus projetos em prática. Um deles é o Instituto Mulheres do Imobiliário, que objetiva criar ações que não só promovam a equidade de gênero em toda a cadeia do setor, mas também capacitem mulheres para atuar em diversas atividades ligadas aos mercados imobiliário e da construção civil.

O instituto tem parceria com o projeto Concreto Rosa, que acabou de formar um grupo de 15 mulheres em cursos de pintura e acabamento, em Mogi das Cruzes (SP). As alunas também receberam gratuitamente um kit básico de ferramentas, ajuda de custo no valor de R$ 200 e equipamentos de proteção individual.

ACEO da Rio8 Incorporações, Mariliza Fontes Pereira, já vem há décadas apostando no potencial da mulher para liderar várias frentes na empresa. Hoje, mais de 50% da sua força de trabalho tem participação feminina — e pretende avançar ainda mais nesse tema.

Integrante do Conselho Consultivo do Instituto Mulheres do Imobiliário, a executiva vai iniciar no ano que vem, em parceria com o projeto Concreto Rosa, um treinamento dos homens que atuam nos canteiros de obras. A ideia é preparar o terreno para a chegada de mulheres em funções como eletricista, pintora, azulejista e ajudante de pedreiro.

A Rio8 já dispõe de banheiros e vestiários femininos nas quatro obras que estão em andamento e vai oferecer treinamento não só para seus funcionários como também para colaboradores de empreiteiras, para começar a incentivar outras empresas a contratar mão de obra feminina.

— Antes de contratá-las efetivamente, é preciso criar uma conscientização nos ambientes de trabalho, que muitas vezes costumam ser celeiros de machismo e preconceito. Temos registros de casos de abuso moral e sexual — explica Mariliza.

Elas são mais cuidadosas no acabamento

Os indicadores de qualidade mostram que a mulher é mais atenta aos detalhes

A presença de mulheres nos canteiros de obra representa ganhos para as empresas  — Foto:  Getty Images
A presença de mulheres nos canteiros de obra representa ganhos para as empresas — Foto: Getty Images

Em que áreas as mulheres estão mais presentes no ecossistema da construção civil? Um mapeamento feito pela Hoff Anlytics, em parceria com o Instituto Mulheres do Imobiliário, em outubro, revelou que a participação feminina vem aumentando em atividades como vidraçaria, hoje com 32% de representatividade média, serralheria (22%), chaveiro (20%), jardinagem (18%) e paisagismo (18%). O levantamento envolveu empresas das áreas de construção civil, obras e terraplanagem e serviços de engenharia em todo o país.

— O mapeamento assume ainda mais importância quando mensuramos os indicadores de qualidade, especialmente na fase de acabamentos e entrega de unidades — diz a diretora presidente do instituto, Elisa Rosenthal, referindo-se a pesquisas que o instituto já fez e que mostram ganhos para as empresas em canteiros de obras mais diversos.

Quando conduzidas por mulheres, as áreas de manutenção e acabamento, atividades que antecedem a entrega das chaves, costumam agradar a construtoras e clientes. Segundo Elisa, isso tem relação com o cuidado e a atenção das profissionais em detalhes do empreendimento.

Na área comercial, as mulheres também ganham de “goleada” dos homens, afirma a CEO do Grupo On Brokers, Nayara Técia. A imobiliária do Rio tem 50 funcionários, e 80% deles são mulheres.

— Não temos a premissa de só contratar colaboradoras do gênero feminino, mas aconteceu de elas serem maioria. É uma equipe que se mostra muito engajada e focada. As mulheres sempre ficam nos primeiros lugares em vendas — destaca.

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