Os calouros matriculados em cursos presenciais no começo desse ano tendem a evadir menos devido à adesão a uma campanha comercial menos agressiva, quando comparada ao mesmo período de 2021, segundo Eduardo Parente, presidente da Yduqs.
Neste ano, a campanha de captação da Yduqs reduziu o valor da mensalidade de R$ 650 para R$ 299 nos três primeiros meses do ano. Após esse período, o aluno voltará a pagar a mensalidade cheia, cujo tíquete médio é de R$ 650. No mesmo período do ano passado, a companhia realizou promoções em que os novos alunos pagavam três mensalidades de R$ 49 e parcelavam o restante da mensalidade, cujo tíquete médio era de R$ 692, durante os quatro anos de curso. Com o retorno da mensalidade cheia há mais chances de evasão.
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Neste começo de ano, a evasão ficou estável ao contrário dos períodos anteriores, quando havia um movimento de queda desse indicador. Isso porque, segundo Parente, são alunos que se matricularam no ano passado, quando havia mais descontos. Na renovação do primeiro para o segundo semestre, a taxa de evasão de cursos de ensino presencial gira na casa dos 50%.
Parente diz ainda que o segundo semestre tende a ter variações menores na captação de calouros em cursos presenciais, após um crescimento de 39% no primeiro semestre. Isso porque na época já havia uma retomada e as bases de comparação são menores.
“Tivemos um bom resultado, mas cuidado com a euforia. Ainda, assim, acreditamos que os nossos múltiplos [ações] não se justificam [está baixo]”, disse Parente, durante teleconferência para analistas e investidores que acontece nesta manhã.
Ebitda
A companhia estima que a margem Ebitda em cursos presenciais fique na casa dos 20% no segundo semestre. No primeiro trimestre, o indicador foi de 23%. No ensino presencial, deve ficar próximo do ano passado.
A companhia prevê ainda terminar com 3,2 mil a 3,4 mil alunos por campi, 2,5 mil polos e um investimento (capex) de R$ 532 milhões.