Por g1


  • Empresa de cibersegurança fez alerta afirmando que quadrilhas estão conseguindo acessar maquininhas de cartão de crédito e bloquear pagamentos por aproximação.

  • A ideia dos criminosos é forçar a vítima a inserir o cartão físico na maquinha, cujos dados podem ser capturados e usados para aplicar outros golpes.

  • Nem toda mensagem de erro significa tentativa de golpe, e clientes devem tentar fazer o procedimento de aproximação mais uma vez em caso de erro.

  • Setor de empresas de cartão de crédito diz não ter relatos dessa nova versão do golpe até o momento no Brasil.

Golpe do cartão por aproximação: veja como agem os criminosos

Golpe do cartão por aproximação: veja como agem os criminosos

A descoberta de um novo tipo de golpe com cartões, que mira o pagamento por aproximação, exige cuidados dos consumidores e, principalmente, de lojistas.

De acordo com a empresa de cibersegurança Kaspersky, uma quadrilha consegue acessar remotamente o sistema de pagamento eletrônico nos computadores de lojas, ao qual uma máquina de cartão está conectada por cabo.

O programa malicioso instalado nesses computadores permite que os bandidos detectem quando uma transação será via aproximação, e eles bloqueiam essa tentativa, gerando uma falsa mensagem de erro na tela da máquina.

A ideia é forçar a vítima a inserir o cartão físico, cujos dados podem ser capturados. A partir daí, o cartão poderia ser usado em outra compra pelos golpistas, sem conhecimento da loja.

O que complica é que nem toda mensagem de erro significa tentativa de golpe: "O erro de leitura pode acontecer independentemente de ser um risco desse, pode ser problema técnico", lembra Adriana Umeda, do comitê de segurança e prevenção a fraudes da Associação das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

O setor diz não ter relatos dessa nova versão do golpe até o momento.

Veja abaixo dicas para se proteger.

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Ilustração de máquina de pagamento com cartão conectada a um computador — Foto: Wagner Magalhães/g1

Na hora do pagamento

  • O consumidor que receber a mensagem de erro no pagamento por aproximação não deve inserir o cartão físico na máquina para concluir a compra, sugere o especialista em segurança cibernética Rafael Franco.
  • O ideal é insistir no pagamento por aproximação, em outro terminal. "[Aproximação] é uma tecnologia segura", completa Fabio Assolini, da Kaspersky.
  • Caso a mensagem de erro também apareça em outra máquina, o cliente deve buscar alternativas, como pagamento via PIX ou dinheiro.
  • Suspeite ainda mais se a tela da máquina apresentar uma mensagem pedindo para que você insira o cartão. Esse aviso não é comum: as maquininhas costumam apenas informar que houve erro.
  • Já Adriana Umeda, da Associação das Empresas de Cartões (Abecs), diz que tanto a modalidade de pagamento por aproximação quanto o uso do cartão com chip, inserido na máquina, são seguros: "Captura [de dados] é uma coisa, utilização é outra", afirma. Segundo a integrante do comitê de prevenção a fraudes, as operações com cartão passam por uma série de elementos de segurança para serem autorizadas.
  • Franco opina que é melhor "cadastrar seus cartões no celular, sempre vinculando (o uso) ao reconhecimento facial, e deixar os cartões físicos em casa".

Após o pagamento

  • Sempre verifique os comprovantes de valores emitidos nas faturas de cartão; caso existam gastos indevidos, entre em contato com a instituição financeira responsável e faça um boletim de ocorrência.
  • Se possível, cadastre seu celular no aplicativo do banco para receber mensagem sempre que uma compra for autorizada com seu cartão.

Para lojistas

  • Lojistas precisam redobrar a atenção com qualquer solicitação para verificar o computador onde fica o sistema de pagamento eletrônico.
  • Antes de fazer o download de algum software solicitado, devem entrar em contato com a empresa do cartão para saber se aquilo é de praxe ou se algo está errado.
  • Isso porque, segundo a Kaspersky, os bandidos podem entrar em contato com os comerciantes pessoalmente ou por telefone, se fazendo passar por funcionários de empresas de pagamento eletrônico, e pedir que o lojista clique em um link que seria relacionado a uma manutenção, mas, na verdade, é o que infecta os aparelhos com o programa malicioso do golpe.

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